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Óperas italianas em um teatro mítico de Veneza, um dos mais famosos estilistas e designers da França brincando com a austeridade de um museu do século XVIII em Paris, a moda feminina através do tempo como instrumento de história e poder, em Londres. Estes são os destaques da agenda cultural desta semana.

Cena da ópera "La Traviata" de Giuseppe Verdi, que abre a temporada 2014/2015 do Teatro Fenice de Veneza
Cena da ópera "La Traviata" de Giuseppe Verdi, que abre a temporada 2014/2015 do Teatro Fenice de Veneza DR
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Ensaio de "Simon Boccanegra", de Verdi, no Teatro La Fenice de Veneza
Ensaio de "Simon Boccanegra", de Verdi, no Teatro La Fenice de Veneza Foto: Michele Crosera

O Fenice é um dos teatros de ópera mais famosos do mundo. Monstros sagrados apresentaram suas grandes produções nos palcos deste prédio mítico do século XIX que, por incrível que pareça, pegou fogo e foi reconstruído três vezes. A reparação mais recente do teatro foi realizada entre 2001 e 2003.

E como um fênix que renasce das cinzas, o Fenice abre neste sábado a sua temporada 2014/2015. Apesar do contexto de crise na ópera italiana, o Fenice terá 125 espetáculos realizados sob o teto azul e seus dourados em estilo rococó.

No repertório, destaque para " La Traviata", de Verdi, sob a regência do jovem maestro-revelação Diego Matheuz, da Venezuela. A novidade é que nesta temporada o programa abriu espaço para o estilo contemporâneo, com a peça "A ponte sobre o rio Drina", do sérvio Dejan Sparavalo, com direção de outro sérvio bem famoso, o diretor de cinema Emir Kusturica.

Serão apresentadas também obras de Rossini, Vincenzo Bellini, Gaetano Donizetti e Giuseppe Verdi. Esta primeira semana é dedicada a Verdi, com suas criações "Simon Boccanegra" e "La Traviata".

A temporada de óperas do Teatro de Ópera de Fenice de Veneza vai até o mês de março de 2015.

A luz de Christian Lacroix

Costume de teatro realizado por Christian Lacroix em sala com peças do século XVIII
Costume de teatro realizado por Christian Lacroix em sala com peças do século XVIII DR

O museu Cognacq-Jay, que fica no bairro histórico do Marais, em Paris, tem um acervo dedicado à pintura e às artes decorativas do século XVIII, período do Iluminismo, movimento intelectual que aconteceu na Europa, com maior destaque na França, e destacava o refinamento na cultura, na sociedade e nas artes daquela época.

Mas como dar um ar de modernidade para atrair um público mais numeroso e mais jovem ao museu Cognacq-Jay?

A ideia genial da diretora do museu, Rose-Marie Mousseaux, deu certo: chamar um dos mais criativos estilistas e designers franceses, Christian Lacroix, para criar uma decoração que, sem interferir nas obras, propusesse um diálogo entre o ontem e o hoje de forma lúdica e mesmo divertida.

"Iluminismo - Carta Branca a Christian Lacroix", é o nome da mostra que superlotou o palacete onde fica o museu no dia da sua apresentação para a imprensa. De jovens blogueiras a famosas jornalistas de moda, de artistas plásticos a críticos de arte, o resultado encantou todo mundo pela ousadia e curiosa harmonia entre tempos tão diferentes.

Fotografia contemporânea contrasta com telas antigas que retratam o universo infantil
Fotografia contemporânea contrasta com telas antigas que retratam o universo infantil DR

Rose-Marie Mousseaux, que não escondia sua satisfação com as reações, falou sobre o espírito da exposição: "Nós decidimos focar no espetáculo, na dança, nos bailes, que eram muito importantes na sociedade do século XVIII. Além desses temas que o museu explorou com Christian Lacroix, o percurso da mostra se faz em torno de dois pontos principais e antagônicos que, ao mesmo tempo, representam totalmente o século XVIII: a socialização, como os círculos musicais e literários e os salões de dança,e, por outro lado, a emergência do indivíduo, a noção da busca da felicidade pessoal, que se traduz através de muitas peças da coleção, entre elas, os retratos..."

Trajes de teatro, instalações, fotografias, obras têxteis, realizadas por Lacroix e outros artistas contemporâneos que ele escolheu, se confrontam às obras do museu, formando o universo único desta aventura imperdível que começou no dia 19 de novembro e pode ser admirada até 19 de abril do ano que vem.

Moda, mulheres e poder

Os trajes excêntricos de Skin, cantora da banda Skunk Anansie, fazem parte da exposição "Woman Fashion Power"
Os trajes excêntricos de Skin, cantora da banda Skunk Anansie, fazem parte da exposição "Woman Fashion Power" DR

Woman Fashion Power. Este é o nome da mega-exposição que acontece nesse momento no Design Museum de Londres, à beira do rio Tâmisa.

Concebida pela mundialmente famosa arquiteta iraniana Zaha Hadid, a mostra investiga a moda feminina dos últimos 150 anos. Um mergulho visual e sóciopolítico na linha do tempo, que conta a história da mulher e a evolução do seu papel na história pela linguagem de looks e estilos.

Foram escolhidas 25 mulheres que se destacaram no mundo da política, cultura, negócios e sociedade, marcantes por seu estilo e carisma.

Entre as peças-chave, encontramos, é claro, o smoking de Yves Saint-Laurent, um vestido de casamento punk de Sandra Rhodes, o taiêr azul de lã da dama-de-ferro Margareth Tatcher, o vestido que Jacques Asagury criou para a Princisa Diana, além de trajes e acessórios de Elsa Schiaparelli.

Quem estiver curtindo ou passando por Londres, tem até 26 de abril para descobrir, redescobrir e adorar os modelos expostos no Design Museum!

Música da semana...

Ouça a banda inglesa Tindersticks cantando Medecine do Cd "The Something Rain"

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