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Nesta semana começamos nossa viagem cultural pela Inglaterra, onde um dos reis da Street Art criou um parque de diversões muito louco. Em seguida o destino é a Espanha, onde acontece uma das mostras mais importantes deste ano,  com obras inéditas de Louise Bourgeois. Para aterrissar escolhemos Paris, a fim de curtir um super festival de jazz.

Foto do parque de diversões efêmero do artista urbano inglês Bansky.
Foto do parque de diversões efêmero do artista urbano inglês Bansky. DR
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Viagem maravilhosa ao inferno

A artista franco-americana Louise Bourgeois em frente a uma de suas obras.
A artista franco-americana Louise Bourgeois em frente a uma de suas obras. DR

Uma aranha gigantesca em bronze, chamada "Mamãe", exposta nos jardins dos museus mais famosos do mundo. Sim, estou falando da artista franco-americana Louise Bourgeois, que nos seus 89 anos de vida (ela morreu em 2010) produziu uma obra monumental e abriu caminho para as artistas femininas. Ela foi a primeira mulher a ganhar uma retrospectiva no Modern Museum of Art de Nova York, e já estava com 71 anos.

E é no Museu Picasso em Málaga que temos a oportunidade de ver cem trabalhos inéditos de Louise em uma exposição intitulada "Fui ao inverno e voltei. E deixe-me te dizer, foi maravilhoso". Esse título da mostra é uma frase bordada pela artista e reflete o seu universo atormentado, doloroso e profundo.

O diretor do Museu, José Lebrero, elogiou a curadora Íris Muller-Westermann: "Acho que essa exposição é muito bem sucedida, não apenas por trazer a vida e a obra de 70 anos de Louise Bourgeois, mas também pela maneira como a curadora observou a obra dessa artista muito associada ao território do traumático, do obscuro, da repressão. A maneira como ela apresenta a obra, combinando fragilidade e força, dureza e ternura, nos aproxima de um mundo no qual essas dificuldades da vida se combinam de forma flexível", analisa José Lebrero.

A exposição de Louise Bourgeois no Museu Picasso de Málaga vai até 27 de setembro.

O parque muito louco de Bansky

Imaginem uma Disneylândia do avesso, meio assombrada, um parque de atrações que ao invés de diversões proponha instalações e obras de cinquenta artistas, com o objetivo principal de provocar.

Esta é a proposta do artista urbano britânico Bansky, que instalou o seu parque chamado "Dismaland", no

Vista aérea da "Dismaland" .
Vista aérea da "Dismaland" .

sudoeste da Inglaterra, na pequena estação balneária de Somerset, perto de Bristol.

O lugar é uma loucura: um ônibus da polícia dentro de um lago, alto-falantes com música havaiana, esculturas quebradas, instalações delirantes, enfim, um parque que reflete a sociedade, como explica o próprio Bansky : louca, narcisista e incoerente.

Deve ser por isso que a roda-gigante gira ao contrário, que num carrossel os cavalinhos de madeira viram lasanha, que um soldado da "Guerra das Estrelas" chora por ter se enganado de parque… Mas uma das obras mais marcantes, que retrata a cruel realidade europeia atual, é sem dúvida um lago com barquinhos telecomandados lotados de migrantes, rodeados de afogados.

Por todo o parque, tendas e ônibus acolhem mini-exposições. E os funcionários do parque são super artísticos, agindo de forma excêntrica e surpreendente.

O universo incrível de um dos mais famosos representantes da Street Art , como não poderia deixar de ser, é efêmero.

"Dismaland", o anti-parque de diversões mais louco do mundo, pode ser curtido até 27 de setembro em Weston-super-Mare, em Somerset, perto de Bristol, na Inglaterra.

Jazz, jazz e.... jazz!

E terminamos nossa Agenda com música e o melhor do Jazz, com o tradicional Festival de Jazz de La Villette, que reúne la crème de la crème do gênero.

De 3 a 13 de setembro, passarão pelos palcos monstros sagrados como Steve Coleman, Gabriel Garzon- Montano, Cheekies and Babies, Archie Shepp, Naissan Jallal e muitos outros.

Uma das características do festival é a diversidade de atividades propostas como Jazz para as crianças, filmes relacionados à música e até mesmo um festival dentro do festival, Under the radar, com artistas difíceis de classificar mas que agradam aos admiradores de jazz.

 

 

 

 

 

 

 

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