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Nesta semana vamos visitar duas exposições diametralmente opostas em Paris, uma de Picasso e outra de um jovem coletivo francês. Em seguida a direção é Londres, onde descobriremos um museu de guerra dedicado à arte engajada. E para aterrisar, o som de uma banda eletropop da Bélgica.

Crushed Missle , fotomontagem de 1980 © Peter Kennard
Crushed Missle , fotomontagem de 1980 © Peter Kennard
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Acrílico sobre tela do pintor africano Chéri Samba (2000), exposto na mostra Picasso.mania
Acrílico sobre tela do pintor africano Chéri Samba (2000), exposto na mostra Picasso.mania

Mestre dos mestres, Picasso inspirou como poucos um múmero incontável de artistas de todos os estilos e épocas. Como abordar essa influência em uma única exposição? Este foi o desafio - bem sucedido - do Museu Grand Palais de Paris, que abriu nesta semana a mostra Picasso.mania.

São 300 obras de artistas contemporâneos que reinterpretaram as criações do monstro sagrado espanhol, e 100 dele próprio.

Explorando a popularidade do artista, no sentido da palavra, encontramos a porta do carro "Picasso", da Renault, na ótica do artista Bertrand Lavier ou o mítico óleo sobre tela"Les Demoiselles d'Avignon", revisto por contemporâneos como Jeff Koons, Mike Biddio e outros, além da Pop Art de Roy Lichtenstein.

"Picasso.mania", ao apresentar as 100 obras do seu homenageado, decidiu pendurar as telas lado a lado como ele gostava. Aliás; era assim que os cubistas, movimento do qual Picasso foi um dos fundadores, costumavam apresentar seus quadros.

Picasso.mania pode ser vista até 29 de fevereiro de 2016, no Museu Grand Palais, em Paris.

Encontro de artistas de rua e pintores em ateliês

Ainda na capital francesa, o coletivo de Street Art "Labolic" expõe até esse domingo trabalhos de doze artistas

Artista extrapola os espaços da galeria 59 Rivoli.
Artista extrapola os espaços da galeria 59 Rivoli. LC

, que aceitaram a missão de pintar as paredes brancas dos dois andares da galeria ao lado do 59 Rivoli, um prédio abandonado que foi tomado por pintores, escultores, fotógrafos, e hoje faz parte da paisagem urbana.

O impacto visual é impressionante, com os desenhos imensos nas paredes, escadas, portas, nos estilos mais livres. De monstros a heróis, de figuras oníricas a vegetais, a mostra é uma viagem.

Cyr, artista de rua que formou uma dupla com a pintora Eva, originando o duo EvaséCyr, esteve há três anos em São Paulo onde pintou quatro grandes muros em bairros que ele não lembra mais o nome. Ele conversou comigo no vernissage: "Esta exposição reuniu artistas de Street Art, que pintam nas ruas, com artistas que pintam em ateliês. A temática foi todo mundo pintar em preto e branco ... E esse é o interesse, reunir artistas que trabalham cada um do seu lado, se reunir, e agora fazemos projetos comuns, juntos, enfim, somos vários que querem criar algo maior, numa união de forças".

Participam do coletivo Bault, Saint Oma, Den Facto, Lyyst, Cir.C,Norules Corp, Brice Maré, Tetar Max, Marie Bolarevi, Koubbi, Juan e Or Katz. 

Até domingo, 11 de outubro, no 59 Rivoli, em Paris.

Guerra e arte

A fotomontagem "Protect and Survive" denuncia o absurdo das guerras © Peter Kennard
A fotomontagem "Protect and Survive" denuncia o absurdo das guerras © Peter Kennard

Um museu dedicado à arte na guerra, à guerra na arte. Foi a nossa descoberta nesta semana, na Lambeth Road, em Londres.

O Imperial War Museums apresenta histórias de experiências de pessoas em guerras modernas e conflitos. Neste momento, é o o britânico Peter Kennard, uma referência, que leva ao público suas montagens fotográficas com um olhar apocalíptico sobre os homens e o nosso planeta.

Fortes e profundamente emotivas ao mesmo tempo, suas imagens tocam nosso questionamento sobre o sentido da violência, o porquê, e a inutilidade de tudo isso diante da perda da vida.

Kennard abandonou a pintura nos anos 60 em busca de outras formas de fundir arte e política. Ativista, ele inspirou nomes famosos como Bansky .

Nesta primeira retrospectiva dos seus 50 anos de carreira, podemos ver 200 trabalhos e a instalação "Boardroom", criada especialmente para a mostra.

Até 30 de maio de 2016, no Imperial War Museums, em Londres.

Ouçam a banda eletropop belga "Oscar and the Wolf" tocando  "Princes"

 

 

 

 

 

 

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