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Museu Rodin/reabertura

Depois de três anos de reformas, museu Rodin reabre em Paris

O hôtel Biron, nome da mansão que abriga o museu Rodin, reabriu as portas nesta quinta-feira (12), depois de três anos de reformas intensas. O público pôde conferir, de graça, as novas instalações, rever as obras mais conhecidas do escultor e conhecer outras peças do acervo. O museu Rodin, um dos dez mais visitados da França, tem frequentação anual de 700 mil pessoas.

"O Pensador", na frente do Museu Rodin, em Paris.
"O Pensador", na frente do Museu Rodin, em Paris. AFP/Joel Saget
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A mansão foi terminada em 1730 e transformada em museu em 1919, dois anos depois da morte de Auguste Rodin (1840-1917), com o objetivo de conservar e divulgar a obra do artista, que doou o acervo de mais de seis mil peças.

Todas as obras mais famosas do escultor estão concentradas no endereço do 7° distrito de Paris: “A Porta do Inferno”, “O Beijo”, “Balzac”, “O Pensador” e outras.

Prédio ganhou elevador e nova iluminação

“O percurso – de 18 salas – é mais fluido e o visitante tem uma visão mais completa da maneira de reflexão do artista, uma melhor compreensão de seu processo criativo”, explica Catherine Chevillot, diretora do museu Rodin. O prédio ganhou um sistema de iluminação sofisticado e o acesso para cadeirantes foi melhorado com um elevador e rampas.

O custo das reformas, incluindo renovações estruturais, custou € 16 milhões – 51% da soma financiada pelo Estado e 49% pelo museu, o único dos estabelecimentos nacionais desse porte a pagar as próprias contas, incluindo despesas de atividades e funcionários.

Vendas de edições em bronze financia museu

O museu Rodin consegue recursos principalmente da venda de edições limitadas de bronze feitas a partir dos originais em gesso, que são a maior parte das 6.775 esculturas do acervo, que conta ainda com 9.000 desenhos e estampas, além de 6.400 peças antigas colecionadas por Rodin.

Dois espaços são inteiramente dedicados à técnica de Rodin. Uma eterna insatisfação multiplicava as tentativas. “Depois de moldar diferentes partes do corpo, ele as juntava e ampliava as peças, a partir de múltiplas maquetes preparatórias”, explica a diretora do museu. Para a estátua de Balzac, por exemplo, o escultor realizou centenas de provas em gesso, inclusive uma do roupão do escritor em tamanho natural.

Ligação com Camille Claudel era atormentada e passional

O filme Camille Claudel (1988), de Bruno Nuytten, com Isabelle Adjani e Gérard Depardieu, mostra a relação conturbada e passional do escultor com uma jovem pupila, 24 anos mais nova. Camille acabou internada em uma instituição psiquiátrica e morreu 30 anos depois. Colaboradora de Rodin e autora de uma obra própria, ela era irmã do escritor, poeta e diplomata Paul Claudel.
 

 

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