Acessar o conteúdo principal
Linha Direta

Meryl Streep faz discurso crítico a Trump no Globo de Ouro

Publicado em:

Um das principais premiações de TV e cinema em Los Angeles, o Globo de Ouro, aconteceu na noite deste domingo (8) em Los Angeles. A 74ª edição consagrou o cineasta Damien Chazelle, com o filme "Cantando Estações", ou "La La Land", no título original. O evento é sempre um termômetro para o Oscar e quem vota são os 90 jornalistas da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla em inglês).

A atriz Meryl Streep ganha prêmio de Melhor atriz de comédia ou musical: "Florence: Quem é esta mulher?"
A atriz Meryl Streep ganha prêmio de Melhor atriz de comédia ou musical: "Florence: Quem é esta mulher?" Paul Drinkwater/Courtesy of NBC/Handout via REUTERS
Publicidade

Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles

Homenageada pelo conjunto da obra no Globo de Ouro, Meryl Streep fez um discurso endereçado ao presidente eleito, Donald Trump. Ela disse que Hollywood é formada por forasteiros e estrangeiros. "Se você nos chutar para fora, você não terá nada para assistir, exceto futebol e MMA, que não são artes", declarou. A atriz lembrou o episódio em que Trump fez piada com Serge Kovaleski, repórter do "The New York Times" que é deficiente físico.

"Isso partiu meu coração. Não consegui me recuperar porque não era um filme, era a vida real. Esse tipo de humilhação vinda de uma pessoa pública afeta a vida de todos e dá permissão para que outros façam o mesmo. O desrespeito convida ao desrespeito, a violência incita a violência. Quando os poderosos usam sua posição para intimidar os outros, todos nós perdemos", disse Meryl Streep. Ela finalizou lembrando a amiga Carrie Fisher, que morreu no final do ano e costumava dizer: "pegue seu coração partido e transforme em arte".

Cineasta franco-americano é o rei da noite

A noite no Globo de Ouro foi de Damien Chazelle, cineasta de 31 anos que já ganhou o Sundance e foi indicado ao Oscar por "Whiplash - Em Busca da Perfeição", de 2014, e agora se consagra ao filme "La La Land - Cantando Estações" - que tinha sete indicações e levou sete estatuetas, batendo o recorde do Globo de Ouro. O filme levou os prêmios de diretor e roteiro para Chazelle, além de melhor ator e atriz de comédia ou musical para Ryan Gosling e Emma Stone, canção original, trilha sonora e o grande prêmio: Melhor Filme de Comédia ou Musical. Foi um verdadeiro arrastão.

Já "Moonlight - Sob a Luz do Luar" - que tinha seis indicações - acabou levando uma estatueta, porém a mais importante e a que fecha a noite - a de Melhor Drama. O francês "Elle" foi a grande surpresa da noite, não estava entre os favoritos e acabou levando duas estatuetas: de melhor filme estrangeiro e de melhor atriz para Isabelle Huppert, que desbancou as favoritas Natalie Portman e Amy Adams.

Outras surpresas

 

Melhor ator coadjuvante: Aaron Taylor-Johnson, "Animais Noturnos"
Melhor ator coadjuvante: Aaron Taylor-Johnson, "Animais Noturnos" REUTERS/Mario Anzuoni

O Globo de Ouro sempre tem surpresas e nesse ano já começou com uma das maiores.

A primeira categoria - Melhor Ator Coadjuvante - que todo mundo achava que iria ou para Dev Patel ("Lion: Uma Jornada Para Casa") ou Mahershala Ali "(Moonlight") acabou indo para Aaron Taylor Johsnon, por "Animais Noturnos".

Outras surpresas também animaram a noite, principalmente em TV: "The Crown" ganhou como melhor série de drama, e desbancou "Game of thrones", "Stranger things", "This is us" e "Westworld".

"The Night Manager" também surpreendeu, com três prêmios: melhor ator em série limitada ou filme para TV, para Tom Hiddleston, melhor ator coadjuvante em TV, para Hugh Laurie e melhor atriz coadjuvante em TV, para Olivia Colman.

Entre os que confirmaram o favoritismo está a melhor série de comédia "Atlanta", criada, escrita, dirigida e estrelada por Donald Glover, que ficou com o prêmio de melhor ator de comédia. "American Crime Story: O povo contra O.J. Simpson" - se consagrou como o Melhor filme para TV ou série limitada, e Melhor atriz dessa categoria para Sarah Paulson. Confirmaram o favoritismo também: Casey Affleck, de Manchester à beira-mar, que ganhou como Melhor Ator em Filme Drama e Viola Davis, Melhor Atriz Coadjuvante em drama, no filme Cercas.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.