Acessar o conteúdo principal
Artes plásticas

Mais de 100 obras-primas da gravura são expostas pela 1ª vez na França

Dürer, Rembrandt, Corot, Goya, Degas, Lorrain, Bonnard, Vuillard e Picasso: mais de 100 gravuras de grandes mestres, pertencentes a uma coleção suíça, serão expostas pela primeira vez na França a partir deste sábado (8) na cidade de Lodève, no sul do país.

Gravura "Melancolia", do alemão Albrecht Dürer
Gravura "Melancolia", do alemão Albrecht Dürer Divulgação
Publicidade

A exposição, batizada de “Impressões Fortes, a Estampa em 100 Obras-Primas”, fica em cartaz até 5 de novembro no Cellier des Evêques, próximo à catedral de Saint-Fulcran. As obras vão do século 15 ao 21.

As gravuras proveem da rica coleção da fundação suíça William Cuendet, fundada em 1977 pelos herdeiros de um pastor colecionador de estampas.

"Há na gravura uma meditação sobre o tempo, a vida", afirma Florian Rodari, representante da entidade e curador da mostra ao lado da diretora do museu de Lodève, Ivonne Papin.

O desenvolvimento da estampa está ligado ao do livro e, no século 15, especificamente à Bíblia, como demonstram as obras emblemáticas de Dürer ("Sansão Matando o Leão", madeira gravada, 1497) e Rembrandt (“Cristo Pregando”, mais conhecida como “A Gravura de Cem Florins”, 1649).

"O discurso religioso era substituído pela imagem, que podia ser difundida para um público analfabeto”, explica Rodari.

Classicismo francês

O classicismo francês (séc. 17) também está representado, com paisagens delicadas de Claude Lorrain em água-forte.

Outro apaixonado pela paisagem, o francês Camille Corot, mestre da pintura ao ar livre, consegue reproduzir o movimento das folhas das árvores ao vento com seus clichês, técnica próxima à fotografia, que permite realizar um desenho sobre uma placa de vidro.

O autorretrato de Henri Fantin-Latour, "Melancolia", do alemão Albrecht Dürer, e a "Refeição Frugal", de Picasso, revelam momentos de intimidade.

Também estão expostas em Lodève, "A Santa Face" (1649), do francês Claude Mellan, realizada com um só traço sem levantar o buril (instrumento usado para gravar), e "O Anjo Anatômico" (1746), de Jacques-Fabien Gautier-Dagoty, uma das primeiras estampas coloridas – ambas são obras de referência técnica, que estimularam as reflexões dos gravuristas através do tempo.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.