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“Fotos brasileiras interessam cada vez mais mercado da arte”, diz curador em Paris

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Anos 40, fim da segunda guerra mundial, momento em a fotografia brasileira começou a viajar o mundo. A exposição "Images Voyageuses – Photographies brésiliennes en France", ou "As Imagens Viajantes – a fotografias brasileiras na França" da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, mostra como os fotógrafos amadores da época ajudaram a formar gerações de artistas brasileiros.

Lucas Mendes Menezes é curador da mostra "Images Voyageuses – Photographies brésiliennes en France"
Lucas Mendes Menezes é curador da mostra "Images Voyageuses – Photographies brésiliennes en France" RFI
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Tudo começou com fotoclubes no Rio de Janeiro e em São Paulo, que organizavam, nos anos 40, as primeiras exposições e salões nacionais para a difusão da arte fotográfica. Em 1946, o Salão Internacional de Arte Fotográfica em Paris recebe as primeiras contribuições brasileiras. Em 51, são 21 fotos em cartaz e, em 1960, uma exposição toda consagrada a artistas brasileiros. São essas imagens, tanto as aceitas quanto as recusadas, que ilustram a exposição "Imagens Viajantes", e que são, segundo a Fundação Gulbenkian, essenciais para compreender as vitórias, as derrotas e os limites dos artistas brasileiros da época.

"Eu acho que é interessante justamente porque, como eles não tem um compromisso com algum movimento específico, têm liberdade de criação, a possibilidade de se relacionar com outros meios, de dialogar com outras épocas e estilos da fotografia, e com outras artes também", diz Lucas Mendes Menezes, curador da mostra junto dom Marion Perceval.

Novos artistas ainda se beneficiam do imaginário brasileiro

Segundo Menezes, hoje em dia ainda há um vestígio da curiosidade documental em torno do Brasil, o que dá projeção a artistas contemporâneos brasileiros e os inspira. “A Rosângela Rennó, por exemplo, tem uma relação muito forte com a fotografia de arquivos e com a reapropriação de imagens”, cita o curador.

As imagens do país também estão interessando cada vez mais o mercado da arte. Grandes museus, como o Moma, em Nova York, e o Tate Modern, em Londres, têm acrescentado obras de fotógrafos brasileiros a seus acervos.

"Eu acho que o mundo está notando que essas imagens brasileiras são diferentes, elas fizeram sucesso e viajaram o mundo na época em que foram produzidas, mas hoje a gente pode perceber esse olhar de valorização porque tem algo ali peculiar," diz Menezes.

Para quem tiver interesse em ver as fotografias de perto, a exposição vai até o dia 14 de novembro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris.

(Ouça a entrevista na íntegra clicando na foto acima)

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