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Time's up/manifesto

“Time’s Up”: mulheres famosas se mobilizam para ajudar vítimas anônimas

Um grupo de mais de 300 atrizes, diretoras e outras personalidades do cinema hollywoodiano, se juntou para formar um fundo para ajudar vítimas de assédio sexual a se defender.

Natalie Portman, em Cannes.
Natalie Portman, em Cannes. REUTERS/Regis Duvignau
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O manifesto foi publicado nesta segunda-feira (1°), em anúncio de página inteira no New York Times. Um trecho diz:

“A luta das mulheres para terem sucesso, para subirem os escalões e simplesmente serem ouvidas e reconhecidas em locais dominados por homes precisa terminar; acabou o tempo para esse monopólio impenetrável”.

Entre as poderosas que assinaram o projeto estão a atriz Ashley Judd, uma das primeiras a denunciar o produtor Harvey Weinstein, em outubro do ano passado, Eva Longoria, Natalie Portman, Emma Stone e Reese Witherspoon.

Apelo de "irmãs"

O manifesto das hollywoodianas toma como modelo e inspiração um documento divulgado em novembro, em nome de 700 mil trabalhadoras latinas rurais em solidariedade à coragem de homens e mulheres que decidiram relatar experiências com assédio sexual, na esteira dos escândalos envolvendo Weinstein.

O programa é dotado de um fundo de US$ 13 milhões para ajudar na defesa legal de mulheres em profissões menos privilegiadas, como faxineiras, enfermeiras, trabalhadoras rurais, ou funcionárias de fábricas, restaurantes e hotéis. Outras iniciativas incluem a proposta de leis para punir empresas que tolerem o assédio persistente e desestimular a prática de acordos com cláusula de silêncio.

Vestidos negros como protesto

As signatárias também pedem que as artistas que forem à próxima cerimônia de entrega dos prêmios Globo de Ouro, na próxima segunda-feira (8), vistam negro para dar maior visibilidade à conscientização da causa. “É um momento de solidariedade, não de moda”, declarou ao jornal britânico The Guardian a atriz americana Eva Longoria, de “Desperate Housewives”.

Já a atriz Reese Witherspoon declarou ao New York Times que a organização, fundada em outubro, era uma oportunidade para as mulheres se unirem em uma indústria tipicamente liderada por homens.

“Estamos finalmente nos ouvindo, nos vendo, dando os braços em solidariedade a nós mesmas e a toda mulher que não se sente vista, que tenha finalmente uma voz”, declarou Witherspoon.

A equipe jurídica de Time’s Up vai ser administrada pela rede de igualdade de gêneros do Centro Nacional de Direitos para as Mulheres.

Entre os doadores para a causa estão Reese Witherspoon, Meryl Streep, Steven Spielberg e sua mulher Kate Capshaw.

Time’s Up também pretende atenuar as críticas de que as atenções para a campanha #MeeToo se concentraram em denúncias contra homens poderosos, enquanto as agressões contra trabalhadoras comuns passam despercebidas.  

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