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Jazz/Didier Lockwood

Morre o violinista Didier Lockwood, um dos grandes do jazz francês

Ele se apresentou no último sábado, no clube de jazz Bal Blomet, em Paris. No domingo (18), um ataque do coração pegou todos de surpresa: Didier Lockwood, 62 anos, e os amantes da música.

Didier Lockwood à Paris, le 31 mai 2017.
Didier Lockwood à Paris, le 31 mai 2017. JOEL SAGET / AFP
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Toda a mídia francesa lamenta a perda, tão precoce e tão inesperada. Lockwood foi um dos grandes nomes do jazz francês, com carreira internacional. Apresentar seu free jazz ao vivo, no palco, era a sua paixão. Foram mais de 4.500 concertos e mais de 35 álbuns.

Nascido em Calais, no norte da França, em 11 de fevereiro de 1956 em uma família franco-escocesa, Lockwood, filho de um professor de música, começou a aprender violino aos sete anos, e se interessou muito cedo pelo improviso, graças ao irmão mais velho, Francis.

Aos 17 anos, o violinista, influenciado por Jean-Luc Ponty, estreou no Magma, que então era o principal grupo de rock progressivo na França. Em seguida, ocupou a cena musical através de vários encontros e projetos em diversos estilos: jazz fusion elétrico, jazz acústico, gipsy jazz e música clássica.

Lockwood era casado com a soprano francesa Patricia Petibon e tinha três filhas.

Música erudita e improviso

Além de jazzista exímio, Lockwood não esnobava a música clássica: compôs duas óperas, dois concertos para violino e orquestra, um concerto para piano e orquestra, poemas líricos e muitas outras obras sinfônicas, sem esquecer de músicas para filmes.

Lockwood também era muito engajado na educação musical. Autor de um método de aprendizado do violino para o jazz, ele criou em 2001 o Centro de Músicas Didier Lockwood, uma escola na qual se ensina o improviso, em Dammarie-les-Lys, perto de Paris.

Em 2006, entregou ao governo francês um informe sobre o ensino de música no país, no qual demonstrava preocupação com uma infância "formatada" pela tecnologia moderna e defendia um aprendizado da música, mediante uma maior oralidade e menos solfejo.

O Instituto Nacional do Áudiovisual lembrou o artista, em clip com a americana Dee Dee Bridgewater:

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