Acessar o conteúdo principal
Berlinale/cinema

Sem brasileiros na competição, Berlinale começa com 17 filmes na disputa pelo Urso de Ouro

Berlim se transforma na capital do cinema durante os próximos dez dias, durante a 69ª edição da Berlinale, que inicia nesta quinta-feira (7). Dezessete longas competem pelo Urso de Ouro.

Dezessete longas vão disputar o Urso de Ouro da Berlinale.
Dezessete longas vão disputar o Urso de Ouro da Berlinale. Patricia Moribe
Publicidade

Enviada especial a Berlim

Nenhuma obra brasileira está na disputa principal, mas dois filmes – “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”, de Marcelo Gomes, e “Greta”, de Armando Praça – estão na prestigiosa mostra Panorama. No total, onze longas e um curta brasileiros serão exibidos no festival.

A atriz francesa Juliette Binoche é a presidente do júri do Urso de Ouro e o filme que abre o festival é “The Kindness of Strangers”, da dinamarquesa Lone Scherfig. Entre os integrantes do júri estão a atriz alemã Sandra Hüller, que estreou em “Toni Erdmann”, um dos longas que marcou a edição de Cannes em 2016, e o diretor chileno Sebastián Lelio, de “Uma mulher extraordinária”, Urso de Prata de roteiro em 2017 e Oscar de melhor filme estrangeiro.

Veteranos na disputa

O prêmio mais importante do festival, o Urso de Ouro, vai ser disputado por 17 filmes. A competição promete ser acirrada, com obras de diretores consagrados como o alemão Fatih Akin, com “Der Goldene Handschuh” ("A Luva Dourada", em tradução livre); o francês François Ozon, que concorre ao prêmio pela quinta vez, com “Grâce à Dieu”, a polonesa Agnieszka Holland, com “Mr. Jones”, e o chinês Zhang Yimou, com “One Second”. A francesa Agnès Varda apresenta “Varda par Agnès”, fora de competição.

O Urso de Ouro honorário este ano vai ser entregue à atriz britânica Charlotte Rampling, de 73 anos. Ela começou a carreira no cinema na efervescente Londres dos anos 1960. Na Itália, ela começou atuando em filmes como “Os Deuses Malditos”, de Luchino Visconti.

Sadomasoquismo com torturador

A fama internacional de Rampling veio com o polêmico “O Porteiro da Noite” (1974), de Liliana Cavani, no qual a atriz vive uma sobrevivente dos campos de concentração que tem uma relação sadomasoquista com um ex-torturador, anos depois do final da guerra. Nos anos seguintes, ela trabalhou com Nagisa Oshima, Woody Allen e Sidney Lumet, entre outros. Baseada na França desde o final dos anos 1970, Rampling estabeleceu uma sólida carreira no cinema francês, em obras de diretores como Claude Lelouch e François Ozon.

A 69ª edição da Berlinale marca ainda a despedida do diretor Dieter Kosslick, que deixa o festival após 18 anos no comando. Ele será substituído por Carlo Chatrian, ex-diretor artístico do Festival de Cinema de Locarno. Kosslick vinha sendo criticado nos últimos anos pela qualidade dos filmes na competição.

No ano passado, 79 diretores alemães, incluindo Fatih Akin, divulgaram uma carta aberta onde pediam um “novo começo” para o festival, incluindo “uma pessoa com capacidade de curadoria excepcional, apaixonada por cinema, com conexões internacionais e capaz de liderar o festival no futuro em pé de igualdade com Cannes e Veneza”.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.