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Rendez-vous cultural

Show de drag queens anima noite parisiense

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O Cabaret des Artistes é um show de drag queens em Paris. Uma vez por mês, os artistas da trupe Fenix Show sobem ao palco para um espetáculo de muito brilho e paetês para mais de 80 pessoas. Os sketches se sucedem com artistas da casa e convidados. 

Lolla Bee, artista transformista.
Lolla Bee, artista transformista. Foto: Patricia Moribe
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Entre as atrações principais está Lolla Bee, ou melhor, Wellington da Silva, 43 anos, pernambucano. “Todo mês elaboramos um show diferente, pensando muito na coreografia. É um cabaré de transformistas, bastante diverso. Eu, por exemplo, trabalho muito meu lado cômico, com personagens extrovertidos. Mas faço também Shirley Bassey ou um samba”.

Wellington começou a carreira nos anos 1990, em Recife (PE). “Fiz animações de festas em boates LGBT. Depois passei muitos anos fazendo telegrama animado para festas, aniversários, casamentos, velório e até em ônibus de turismo”, conta.

Lolla Bee como Shirley Bassey.
Lolla Bee como Shirley Bassey. Foto: Patricia Moribe

Já na Europa, Wellington ganhou um concurso de drags para integrar a trupe Fenix Show. Há três anos ele participa dos shows semanais em Paris, além de fazer apresentações em outros locais e em outros países da Europa.

“Estar em cena é como estar em transe, você passa para outra dimensão. Você não pensa em nada além do palco, nem em amigos, nem na mãe, de quem sou muito próximo. É um momento mágico, diz Wellington, ou melhor, Lolla Bee.

O show do cabaré é tão variado quanto os artistas que se apresentam. Como a veterana Lola Le Quetzal, famosa pelo seu assovio de pássaro.

Lolla le Quetzal como Dalila.
Lolla le Quetzal como Dalila. Foto: Patricia Moribe

“Faz 30 anos que sou drag queen, comecei nas praias de Saint Tropez, me transformando em Brigitte Bardot, Marilyn Monroe, Scarlett O’Hara”, relata. “Descobri que com maquiagem na praia a gente sofre bem menos que numa discoteca. Tem a brisa marinha que hidrata, é muito agradável. ”

Lola le Quetzal trabalhou nos principais endereços da França, além de 25 anos no Quetzal bar, no bairro do Marais, em Paris, um dos primeiros bares gay da cidade.

“Sou cabeleireiro, maquiador e estilista. É prático, pois eu me penteio e me pinto sozinho. Eu crio. O que é extraordinário é passar de homem e ir a outro extremo, virar uma mulher. De noite, desaparece o Didier e surge a Lola le Quetzal”, acrescenta.

Cassie Brown e Lola Le Quetzal.
Cassie Brown e Lola Le Quetzal. Foto: Patricia Moribe

Já Rodrigo encarna a fogosa Cassie Brown. Depois de uma longa carreira na dança, com passagem pelo teatro, ele virou maquiador, sua paixão. “Então como drag queen eu faço tudo isso ao mesmo tempo”, explica. “Eu interpreto, dublo e encarno uma personagem em cena. Adoro passar emoções como uma outra pessoa, mas contando uma história ao mesmo tempo”, explica.

O caçula da turma é Geoffrey, que já às 18h está maquiado para o show que só começa às 21h. Isso porque ele não é um artista profissional, mas que aproveita o dia livre – ele é veterinário – para caprichar no visual e virar Jéssie Lulu.

Jessie Lulu, artista transformista.
Jessie Lulu, artista transformista. Foto: Patricia Moribe

“Comecei numa festa de Natal em família. Eu quis fazer uma surpresa, um show vestido de mulher e minha mãe me ajudou. Ninguém sabia de nada, todos adoraram. Foi tão divertido que resolvi continuar.

Os espetáculos do Cabaret des Artistes acontecem no 11° distrito de Paris, na casa Artishow.

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