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G20/ México

Crise na zona do euro é foco de reunião ministerial do G20

Mais uma vez, a situação econômica delicada na Europa é o centro das atenções da reunião ministerial dos países do G20, que acontece neste final de semana na capital mexicana. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, representa o Brasil e vai participar das reuniões com os demais ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos países que integram o grupo das 20 maiores economias do planeta.

Presidentes do Banco Central do México, Agustin Carstens, e da Alemanha, Jens Weidmann, conversam hoje, no início das reuniões do G20.
Presidentes do Banco Central do México, Agustin Carstens, e da Alemanha, Jens Weidmann, conversam hoje, no início das reuniões do G20. REUTERS/Tomas Bravo
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Nas mesas de discussões, as autoridades vão tratar sobre a tensão, nos mercados, das crises das dívidas públicas na zona do euro. O G20 se reúne um dia depois de o país que enfrenta mais dificuldades na Eurozona, a Grécia, começar a adotar a maior reestruturação de dívida da história, com o perdão de 107 bilhões de euros, prolongamento dos prazos de reembolso e redução de taxas de juros sobre empréstimos realizados no setor privado.

“Ninguém quer que a crise se prolongue indefinidamente”, disse o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens. “É crucial que as autoridades europeias apliquem, com urgência, medidas de política-econômica que restaurem a confiança.”

As três delegações da zona do euro – a Alemanha, a França e a Itália -, além da União Europeia, foram à Cidade do México assegurar os colegas que os dispositivos contra o contágio da crise a outros países vão ser reforçados. O problema é que, somente poucos dias após este encontro do G20, os europeus realizarão uma cúpula de chefes de Estado e de Governo que terá em pauta uma das principais ferramentas para a proteção da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, que deve entrar em vigor em julho.

“Todos os dias, os custos das incertezas e das indecisões aumentam”, lamentou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría. Os novos governos italianos e espanhol, que entraram em ação após a última cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20, em novembro, são citados como exemplos a serem seguidos pelo restante da zona do euro. Às custas de planos de austeridade, os primeiros-ministros Mario Monti e Mariano Rajoy estão conseguindo conter o aprofundamento da crise em seus países.

O ministro brasileiro da Fazenda, Guida Mantega, chegou na sexta-feira no México e hoje tem reuniões com os ministros da América Latina, dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o da Alemanha, Wolfgang Schäuble. No domingo, acontecem as reuniões ministeriais do G20, sobre regulação e arquitetura financeira, energia e commodities.

O comunicado oficial do encontro deve ser divulgado às 12h (horário de Brasília) de domingo. Depois, Mantega deve responder às questões de jornalistas em uma coletiva de imprensa, antes de retornar ao Brasil.
 

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