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Balança comercial

Brasil e México fecham acordo para restringir exportações de carros

O México e o Brasil assinaram nesta quinta-feira um acordo que vai limitar durante três anos as exportações de automóveis de cada um dos dois países em direção ao outro. A iniciativa partiu do governo brasileiro, preocupado com o aumento de seu déficit comercial nas trocas com o México. Além de restringir a importação de veículos, os mexicanos aceitaram aumentar o percentual de peças brasileiras na sua produção de automóveis.

A valorização do real provocou o aumento das importações de automóveis do México.
A valorização do real provocou o aumento das importações de automóveis do México. Reuters
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O montante das exportações mexicanas para o Brasil será de US$ 1,45 bilhões no primeiro ano de vigência do acordo, contra US$ 2,1 bilhões em 2011. No segundo ano o valor passará para US$ 1,56 bilhões e no terceiro US$ 1,64 bilhões.

Ao final do período de três anos, "nós retornaremos ao livre comércio para os veículos de turismo", informou um comunicado da secretaria da Economia do México.

A renegociação do acordo automotivo bilateral foi conduzida pelo secretário mexicano, Bruno Ferrari, e pelo ministro brasileiro da Indústria e do Comércio, Fernando Pimentel.

O Planalto conseguiu um aumento menor do que o desejado no uso de peças brasileiras em carros exportados do México para o Brasil. Em vez de elevar esse índice para 45% em três anos, os brasileiros acabaram cedendo e aceitaram um aumento para 40% em cinco anos.

O Brasil desejava revisar o Acordo de Complementaridade Econômica (ACE) 55, assinado em 2002 entre as duas principais potências econômicas da América Latina, para estabelecer uma cota de exportações mexicanas e assim corrigir um déficit da balança comercial entre os dois países de US$ 1,7 bilhão em favor do México.

As importações do Brasil aumentaram devido à valorização do real, o que restringe a competitividade da indústria brasileira. O governo já aumentou as taxas sobre a importação de automóveis, mas devido ao acordo de 2002 ele não podia fazer o mesmo para os veículos produzidos no México.

As exportações de carros do México para o Brasil subiram quase 40% no ano passado. As trocas comerciais entre os dois países representam cerca de US$ 8,5 bilhões, dos quais 40% provêm do setor automotivo.

O México é o maior exportador de carros da América Latina, com uma produção de 2,5 milhões de unidades em 2011, das quais 2,1 milhões foram exportadas para os Estados Unidos.

 

 

 

 

 

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