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Radar econômico

Quedas no setor automobilístico na França preocupam entidades

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O setor automobilístico da França continua em queda livre: ontem foram anunciados os números relativos a agosto demonstram que as vendas diminuíram 11,4%, num total de pouco mais de 96 mil novos veículos registrados. Este índice é o mesmo de 97, sinalizando que a crise no setor não está nem perto de acabar.

Carlos Ghosn, presidente da Renault, diante do Twizy, um dos carros lançados neste ano.
Carlos Ghosn, presidente da Renault, diante do Twizy, um dos carros lançados neste ano. Reuters/ Jacky Naegelen
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O Comitê Francês de Fabricantes de Automóveis ressalta que agosto sempre é um mês ruim para o comércio de carros, mas admite que "a conjuntura do mercado francês está muito difícil". A queda acumulada desde o início do ano é de 13%.

O grupo Renault é o que mais sofre, com uma redução de um quinto das vendas. A expectativa é de que o novo Clio 4 relance a marca em outubro, mas a esperança é de que apenas em 2016 notícias realmente animadoras comecem a aparecer.

A economista Laurence Naymann, especialista em produtividade e competitividade no comércio internacional, afirma que mais do que a crise econômica na Europa, é um erro de estratégia das montadoras francesas que explica a mororidade no setor: o fato de terem apostado a produção em veículos populares e médios, ao invés do mercado de luxo. Esta foi a escolha dos rivais alemães.

O custo da produção, mas também as políticas públicas industriais são, na opinião da especialista, os fatores que mais influcienciam a perda da competitividade dos carros franceses. A última cartada da Renault, de inovar nos veículos elétricos, ainda não surtiu os efeitos desejados e é um plano a longo prazo. Restam, portanto, os mercados emergentes, que cada vez mais são o alvo das fabricantes.

Recentemente, a revista Forbes ironizou o fato de que o brasileiro paga mais do que o dobro do preço que realmente custam os carro na Europa ou nos Estados Unidos. O diretor do Departamento de Economia da Unicamp, Fernando Sarti, destaca quais são os fatores para explicar o aquecimento deste mercado no país.

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