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Reino Unido/ finanças

Londres vai criar "índice islâmico" na bolsa de Londres

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta terça-feira, 29 de outubro, a criação de um "índice islâmico" na Bolsa de Londres, e seus planos para o lançamento de um título islâmico no Reino Unido. A capital britânica recebe hoje o 9º Fórum Econômico do Mundo Islâmico, que pela primeira vez acontece em uma cidade ocidental.

O primeiro-ministro inglês, David Cameron (e), e o presidente afegão, Hamid Karzai, durante encontro em Londres nesta terça-feira, 29 de outubro de 2013.
O primeiro-ministro inglês, David Cameron (e), e o presidente afegão, Hamid Karzai, durante encontro em Londres nesta terça-feira, 29 de outubro de 2013. REUTERS/Luke MacGregor
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“Londres já é o maior centro para as finanças islâmicas fora do mundo muçulmano. A nossa ambição hoje é ir além”, declarou o premiê, diante de 1.800 representantes políticos e econômicos, entre eles diversos chefes de Estado. O evento é considerado o “fórum de Davos” na área.

“Não quero que Londres seja somente uma grande capital das finanças islâmicas no Ocidente. Quero que Londres seja, ao lado de Dubai e Kuala Lumpur, uma das capitais das finanças islâmicas no mundo”, afirmou Cameron.

Com uma iniciativa pioneira no Ocidente, o primeiro-ministro quer reforçar os vínculos financeiros entre o Reino Unido e a região. Um dos fundamentos dos investimentos islâmicos é que eles devem se basear no intercâmbio de propriedades ou de ativos. O dinheiro só pode ser empregado como um meio de pagamento. O novo índice reuniria empresas que respondam a estes princípios. Outra regra é a proibição do pagamento de juros.

Cameron espera que seu país seja o primeiro fora do mundo islâmico a emitir tais obrigações, conhecidas como "sukuk". Até o final do ano, espera-se que os investimentos islâmicos alcancem um nível mundial de 1,8 trilhão de dólares, um aumento de 150% em relação a 2006.

A Malásia é o país que mais utiliza “sukuks” e tenta diversificar os emissores destes títulos, enquanto os Emirados Árabes está remodelando a sua legislação para atrair mais transações neste formato.

Londres, a base europeia de vários bancos do Oriente Médio, adotou novas regulamentações jurídicas para tentar atrair ainda mais este mercado. Nos últimos cinco anos, os “sukuks” movimentaram 34 bilhões de dólares na Grã-Bretanha.
 

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