Reunidos na China, ministros do G20 buscam respostas a desafios da economia mundial
Os ministros da Economia e presidentes de bancos centrais do G20 se reúnem a partir desta sexta-feira (26) em Xangai para coordenar uma resposta conjunta aos múltiplos desafios da economia mundial. O encontro acontece dois dias após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado para os riscos no processo de recuperação econômica do planeta.
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As vésperas do encontro do G20, o FMI pediu que os países do grupo adotem "respostas políticas vigorosas em escala nacional e multilateral para enfrentar os riscos e colocar a economia em um caminho de maior prosperidade".
Os participantes se reúnem em Xangai para discutir temas como a queda do preço do petróleo, a perspectiva do "Brexit" (saída do Reino Unido da UE) e o declínio gradual das bolsas mundiais desde o início do ano. Além disso, as dificuldades da China ocupam lugar de destaque na agenda dos ministros e presidentes de bancos centrais, já que o Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia mundial cresceu apenas 6,9% em 2015. A progressão, que representa o menor percentual em 25 anos, é bem abaixo do crescimento de dois dígitos apresentado durante anos.
A desaceleração da China provocou uma forte queda na demanda de matérias-primas, do cobre ao carvão, passando pelo minério de ferro, com graves impactos para seus fornecedores, da Austrália até o Brasil.
Emergentes cada vez mais fragilizados
A reunião do G20 também acontece em um momento delicado para os países emergentes, que deixaram de atuar como motores da economia mundial, principalmente depois que dois deles – Brasil e Rússia – entraram em recessão. Foi nesse contexto que a brasileira Vale anunciou, nesta quinta-feira, perdas de US$ 12,129 bilhões em 2015. Os resultados da empresa foram provocados pela queda dos preços dos minerais, assim como a desvalorização do real e o rompimento da barragem de Mariana.
O G20 é formado desde 1997 pelos países industrializados do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido); por 12 emergentes (Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia) e pela União Europeia (UE).
Com informações da AFP
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