Acessar o conteúdo principal
Impostos

Macron volta a defender taxação dos gigantes digitais em Tallinn

A tributação dos gigantes da Internet - os GAFA, Google, Apple, Facebook e Amazon – “que não respeitam as regras do jogo no solo europeu, é um assunto de interesse geral, e é apoiado até o momento por 19 países da União Europeia”, disse nesta sexta-feira (29) o presidente francês Emmanuel Macron.

GAFA, os gigantes da Web: Google, Apple, Facebook, Amazon, que são as quatro principais empresas de tecnologia
GAFA, os gigantes da Web: Google, Apple, Facebook, Amazon, que são as quatro principais empresas de tecnologia Damien MEYER / AFP
Publicidade

"Hoje, o mercado é disfuncional", disse o chefe de Estado francês em coletiva de imprensa após a primeira cúpula europeia sobre economia digital em Tallinn, na Estônia.

"Queremos uma regulamentação ambiciosa dos gigantes da Internet que não respeitem as regras do jogo", acrescentou.

"Eu apoio a iniciativa de uma taxa de base [no volume de negócios]. Quero que possamos ir além, com um imposto sobre o valor agregado criado em nossos países", disse ele.

De acordo com o relatório de um deputado europeu favorável à reforma, a União Europeia teria perdido € 5,4 bilhões em impostos do Google e do Facebook entre 2013 e 2015 devido às medidas de otimização de impostos destas empresas.

A França vem propondo taxar os GAFA com base em seu volume de negócios em cada país, em vez de lucros em subsidiárias localizadas em países de baixa fiscalização.

Tributar sem complacência

"Não podemos aceitar termos atores europeus que são taxados e atores internacionais que não são, atores digitais que não pagam impostos e que competem com atores da economia tradicional, que pagam ", disse ele em seu discurso sobre a "refundação" da Europa, na Sorbonne, na última terça-feira (25).

"A este respeito, a França começou, com os seus parceiros, a impulsionar, por meio dos ministros da economia e das finanças, uma iniciativa que gostaria de ver também em nível dos chefes de Estado e de Governo", acrescentou.

Este novo mecanismo fiscal deve se concentrar no "valor criado onde é produzido" e "permitir-nos revisar profundamente nossos sistemas tributários; tributar sem complacência as empresas de que se estabelecem fora da Europa com o único propósito de escapar do imposto ", afirmou o presidente francês.

Segundo Emmanuel Macron, trata-se de compensar as "desorganizações" e as "desigualdades" induzidas pela economia digital. A proposta francesa já foi aprovada por vários países, notadamente Alemanha, Itália e Espanha.

 

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.