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FMI/economia

FMI reduz previsão de crescimento da economia brasileira e mundial em 2019

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou para 3,3% nesta terça-feira (9) suas previsões de crescimento para a economia mundial em 2019, devido a uma desaceleração generalizada, especialmente nas economias mais desenvolvidas. 

Reunião plenária entre o FMI e o Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos, em 21 de abril de 2018.
Reunião plenária entre o FMI e o Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos, em 21 de abril de 2018. REUTERS/Yuri Gripas
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Segundo o relatório "Perspectivas para a Economia Mundial", publicado nesta terça-feira (9), a economia do planeta experimentará um crescimento de 3,3% neste ano, um recuo de 0,2 ponto em relação às previsões feitas em janeiro, embora as projeções para 2020 permaneçam inalteradas, com expansão de 3,6%.

O FMI também reduziu sua previsão de crescimento para a América Latina e Caribe para 1,4% em 2019, 0,6 ponto a menos do que a estimativa de janeiro, e descreveu a Venezuela como um "obstáculo considerável" para a região.

Em seu relatório para a assembleia desta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas expectativas de crescimento para o Brasil e o México, as duas maiores economias regionais, e estimou uma queda de 25% na volátil Venezuela.

Maior economia do mundo também cresce menos

Quanto à economia dos Estados Unidos, o Fundo reduziu significativamente suas previsões, em um contexto de riscos crescentes. A entidade espera que a maior economia do mundo cresça 2,3% este ano, ante a previsão inicial de crescimento de 2,5% em fevereiro, frente a uma expansão de 2,9% no ano passado, segundo o relatório.

O crescimento na zona do euro também desacelerará de 1,8% em 2018 para 1,3% em 2019, um nível 0,6 ponto abaixo do projetado em outubro. Até 2020, a perspectiva é de um crescimento de 1,5%. A queda é explicada pela situação econômica de dois pesos pesados da região: Alemanha, cujo crescimento deve desacelerar para 0,8%, e Itália, para 0,1%, ou seja, 0,5 ponto percentual a menos do que nas previsões de janeiro.

A França (+ 1,5%, -0,2 ponto) também foi afetada pelo movimento de protesto dos "coletes amarelos" que interromperam sua economia no final de 2018. No caso da Alemanha, que nos últimos anos registrou altas taxas de crescimento e superávits comerciais e orçamentários, o FMI coincide em suas previsões com as do governo e dos economistas do país. Os "fatores temporários" que afetaram negativamente a indústria alemã no final do ano passado continuam em vigor e são mais duráveis do que o esperado, segundo o FMI.

A Alemanha pode contar, porém, com seu consumo interno, consolidado com desemprego historicamente baixo (4,9%), o que fortalece os sindicatos e empurra os salários para cima. Enquanto isso, o Brexit do Reino Unido continua a ser uma grande incerteza, esperando por uma nova cúpula decisiva nesta quarta-feira (10).

O FMI aponta para três cenários possíveis: uma saída do Reino Unido com um acordo, um Brexit que implicaria o aumento de tarifas, ou um Brexit sem acordo, muito mais imprevisível. O Fundo elogiou, contudo, as medidas adotadas pela China para estimular a economia, cujo crescimento esperado agora é de 6,3% (+0,1 pontos).

O relatório preparado para a reunião do FMI, que acontece nesta semana em Washington, considera positiva a pausa que os grandes bancos centrais parecem ter tomado ao elevar as taxas de juros. Esses elementos apoiam o otimismo do FMI nas perspectivas para 2020, com previsão de crescimento de 3,6%.

(Com informações da AFP)

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