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Futebol/Brasil

Dunga: derrota na Copa de 90 doeu mais que a final de 98 contra França

Dunga voltou a pisar nesta quarta-feira (25) no estádio Stade de France, mais de 16 anos depois de ter perdido a final da Copa para a França por 3 a 0, como capitão. Desta vez, seu retorno foi com o uniforme de comandante da seleção. Mas as emoções da final de 1998 continuam vivas na lembranças.

Dunga anuncia convocados para amistoso contra a França.
Dunga anuncia convocados para amistoso contra a França. REUTERS/Sergio Moraes
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"O que fica na cabeça do jogador é o estádio lotado, a festa, a adrenalina, e que nós jogamos contra uma grande seleção", recorda. "Quando a gente perde, sempre falamos dos erros, mas temos que enaltecer quem você enfrentou. A França foi uma grande seleção naquela final", afirmou.

Depois, veio a confissão: a derrota para a França na disputa do título não foi mais triste do que a decepção sentida pela derrota para a Argentina por 1 a 0 na Copa de 90, na Itália, quando a seleção de Sebastião Lazaroni foi marcada pelo futebol retrancado, que ficou conhecido pela "Era Dunga".

"Acho que cada seleção tem suas características e muda com seus jogadores. Perder sempre dói, e muito, principalmente chegando em uma final da Copa do Mundo. A de 90 doeu mais porque toda a responsabilidade foi colocada no meu nome por quatro anos, direto, e isso até hoje", diz.

"Em 98, claro, queríamos ganhar, mas jogamos contra um país que estava organizando a Copa e contra os jogadores como a França tinha. Ganhar, eu quero, mas ser campeão do mundo é complicado, é para poucos. Tanto é verdade que a França, com tantos talentos no passado, foi só uma vez campeã do mundo", completou.

Seleção atual

Sobre a equipe que pretende colocar no gramado, poucas indicações foram dadas. Dunga não quis confirmar a presença de Roberto Firmino entre os titulares, apesar de ter colocado o jogador ao lado de Neymar em um coletivo.

“Não confirmo nada. O colete é uma mera distribuição de posições. Ontem (terça), tivemos que trabalhar o balanço da defesa, reposição, a pressão do ataque. Todos têm que estar preparados para jogar, não tem nada confirmado", insistiu.

Dunga explicou também que pretende testar novos jogadores em diversas posições, mas, ao mesmo tempo, mantendo uma base constante. O exemplo é Danilo, convocado depois de um corte de Maicon e que foi chamado regularmente para os amistosos. "Tem que dar continuidade. Ele é um jogador jovem. O jogador tem que se sentir crescendo também em termos de confiança dentro do grupo. E ter responsabilidade dentro da seleção brasileira", explicou.

Lista não está fechada

Dunga insistiu que todos os jogadores estão sendo observados e ganham chance na medida em que progridem também em seus clubes. Ele citou o caso do lateral esquerdo Marcelo, que, segundo ele, “melhorou” no Real Madrid e vive um bom momento no clube espanhol.

E avisou : "Quem está dentro não deve se sentir seguro. Quem não está (no grupo) , não deve se sentir fora. Estamos obervando todos os jogadores e chamamos aqueles que achamos que está bem".

Sobre Thiago Silva, o treinador disse que "os jogos seguintes vão mostram se ele superou ou não o que viveu na Copa". Dunga vai usar os amistosos contra a França e o Chile para fechar ainda mais o grupo que vai disputar a Copa América no Chile.

Ele garante que a lista ainda não está pronta. "Todos os jogos são fundamentais. Por isso, é importante a gente fazer amistosos, ter dificuldades diferentes em cada jogo, para ver onde melhorar para quando chegar a uma competição."

O treinador brasileiro demonstrou ter um foco claro e um estilo definido para sua equipe. “Nós queremos uma equipe moderna, que seja compacta , que tenha agressividade, mas sem perder a essência do futebol brasileiro que é o drible e a criatividade", ressaltou. "Temos pouco tempo para trabalhar. Mesmo com o pouco tempo de treino, temos que otimizar esse tempoo para buscar o melhor", concluiu.
 

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