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Fifa/Corrupção

Que vantagens Marin teria ao ser extraditado aos Estados Unidos?

O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, deve ser extraditado nesta terça-feira (3), ou o mais tardar nesta quarta-feira (4), da Suíça para os Estados Unidos. O cartola de 83 anos, preso desde maio em Zurique, é acusado pelas autoridades americanas de envolvimento num esquema de corrupção relacionado com os direitos de transmissão e marketing de eventos esportivos patrocinados pela Fifa. Há uma semana, Marin concordou com a extradição, de acordo com o Departamento de Justiça da Suíça. Ele poderá aguardar o julgamento em liberdade em troca de pagamento de fiança.

José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol. REUTERS/Paulo Whitaker/Files
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Cinco meses depois de preso na Suíça, o ex-presidente da CBF deve viajar aos Estados Unidos escoltado por policiais do FBI em um voo comercial. Os advogados de Marin não revelam se conseguiram obter das autoridades americanas um acordo para que ele permaneça em prisão domiciliar. Segundo informações da imprensa brasileira, Marín aguardaria o julgamento em seu imóvel em Nova York, após pagamento de uma fiança milionária, avaliada em R$ 40 milhões.

Marin tem um apartamento de quarto e sala, avaliado em US$ 2 milhões, que fica próximo de uma área com muitas empresas de luxo e a duas quadras do Central Park. Sua intenção é ficar perto da família durante o processo. Na prisão suíça, Marin chegou a declarar que o que mais gostaria era "poder dormir na sua cama e tomar uma ducha".

Prisão domiciliar

Se for confirmado o acordo, o apartamento de Marin seria confiscado pela justiça e um pagamento extra de US$ 7 milhões poderia ser requerido. O julgamento da justiça americana deve durar vários meses e o ex-presidente da CBF pode ser orientado a ajudar nas investigações, como parte do acordo.

Nos Estados Unidos, Marin e outros seis ex-dirigentes são acusados de aceitar subornos de mais de US$ 100 milhões. O pedido formal, apresentado em 1º de julho de 2015 pelos Estados Unidos para a Suíça, é baseado em um mandado de prisão de 20 maio de 2015, emitido pela procuradoria de Nova York.

Marin é suspeito de ter aceitado e dividido com outros líderes subornos ligados à atribuição de direitos de marketing para as Copas América de 2015, 2016, 2019 e 2023, e para a Copa do Brasil de 2013 a 2022. No entanto, seus advogados alegam que não existem provas suficientes para incriminá-lo. Caso seja condenado, o ex-chefão da CBF poderá ser condenado a 20 anos de prisão.

Inicialmente, ele se negou a ser extraditado, mas depois voltou atrás da decisão. Outro suspeito no escândalo que aceitou ser transferido aos Estados Unidos é o ex-vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb. Ele foi extraditado no último dia 15 de julho. Os outro cinco acusados resistem à decisão e seguem detidos em Zurique.
 

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