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Rio 2016/Judô

Bronze de "Baby" mantém tradição do judô em Olimpíadas

Rafael Silva conquistou a medalha de bronze nesta sexta-feira (12) na competição que encerrou a participação do judô nos Jogos do Rio, a da categoria pesado (+100kg). Ao subir no pódio, “Baby”, como é mais conhecido, manteve a tradição do judô masculino de conquistar medalha em todas as Olimpíadas, desde 1984.

Rafael Silva no pódio dos Jogos do Rio 2016 para receber sua medalha de bronze.
Rafael Silva no pódio dos Jogos do Rio 2016 para receber sua medalha de bronze. REUTERS/Murad Sezer
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Do enviado especial ao Rio de Janeiro,

O paranaense, de 29 anos, repete o mesmo desempenho dos Jogos de Londres, em 2012, e conquista sua segunda medalha de bronze consecutiva, assim como a gaúcha Mayra Aguiar, no dia anterior.

Bastante feliz com a medalha conquistada depois da disputa contra o uzbeque Abdullo Tangriev, “Baby” disse que vai precisar de mais um tempo para entender melhor a conquista. “A ficha ainda vai cair. ‘Medalhar’ em casa é diferente. A torcida me ajudou bastante. A cada shido (penalidade, no judô), a cada projeção que eu fiz, a torcida estava junto e pressionou muito o adversário”, disse, após a saída o tatame.

O peso pesado também lembrou das dificuldades que teve desde o ano passado, quando teve uma lesão no tendão do músculo peitoral que o impediu de disputar os Pan Americanos de Toronto, no Canadá.“2015 foi um ano muito ruim para mim, tive que me recuperar de uma lesão. Com muita fé, Deus me ajudou a voltar, só tenho que agradecer toda a torcida, toda a equipe de trabalho que me ajudou a ganhar essa medalha. Essa medalha é de todo mundo que contribuiu bastante para minha volta. Ter essa recuperação e conquistar uma medalha em casa é maravilhoso”, disse, após sair do tatame.

Parou no campeão

Rafael Moura teve uma começo muito bom na competição. Passou pelo húngaro Ramon Pileta, e na, sequência, pelo russo Renat Seidov. Mas o sorteio da chave o colocou nas quartas de final no caminho de Teddy Rinner, o campeão olímpico e mundial de judô, considerado um verdadeiro fenômeno no esporte. Apesar de um combate duro, ele foi derrotado por um wazari.

“Estou feliz de ter lutado contra o Teddy, uma lenda do esporte, um atleta diferenciado. Eu fui para cima dele, tentei ganhar, coloquei golpe. Foi uma luta dura e acho que ele ficou cansado”, disse, sorrindo.

Rafael Silva perdeu nas quartas de final para o francês Teddy Rinner, campeão da categoria peso-pesado.
Rafael Silva perdeu nas quartas de final para o francês Teddy Rinner, campeão da categoria peso-pesado. REUTERS/Toru Hanai

Com a derrota para Rinner, que terminou em 1° lugar na competição, Rafael Silva foi para a repescagem. Ele ganhou do holandês Roy Meyer antes de encarar e vencer Tangriev na disputa do bronze. Última esperança de conquistar a medalha para o judô masculino do Brasil no Rio, “Baby” disse não ter entrado com a pressão de manter a tradição.

“Não entrei preocupado com isso. Fiquei preocupado com a luta mesmo. Estou bem feliz de ter ganhado essa medalha. Vou compartilhar com minha equipe essa medalha, toda minha equipe trabalhou muito, se sacrificou bastante. Mais pessoas mereciam a medalha também”, afirmou.

Futuro: Jogos de 2020

Além da torcida da Arena Carioca 2, Rafael também contou com a presença de sua família para dar força, incluindo a avó, que também presenciou sua medalha de bronze, em Londres. “Ela é pé quente, acho que a partir de agora vou levá-la em todas as competições”, brincou.

Apesar de um período de descanso para sentir a “ficha cair”, Rafael Silva já tem a cabeça no futuro e uma volta à arena olímpica está no seu horizonte: “Vou viver ano a ano, cada um deles é importante com as competições e vou tentar levar até Tóquio. É difícil falar, Tóquio é daqui quatro anos. Mas vou continuar treinando, evoluindo para desenvolver meu judô e continuar lutando como eu gosto”.
 

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