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Rio 2016/COI

“Olimpíada do Rio foi icônica e não feita em uma bolha”, diz COI

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, considerou a edição dos Jogos do Rio histórica, icônica e um sucesso. Ele também relativizou os problemas encontrados durante o evento e elogiou a realização dos Jogos em um contexto social e econômico difícil.  

Thomas Bach: "faria a Olimpíada no Rio de novo".
Thomas Bach: "faria a Olimpíada no Rio de novo". REUTERS/Kevin Coombs
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“Os brasileiros foram grandes anfitriões”, afirmou Bach durante a entrevista coletiva realizada na manhã deste sábado (20), véspera do encerramento dos Jogos.

Bach elogiou todas as infraestruturas das competições, e destacou locais emblemáticos da cidade que serviram para o esporte como o Sambódromo, usado para as competições de tiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas, onde foram disputadas as competições de remo e canoagem e ainda a areia de Copacabana, onde foi montada a estrutura para o vôlei de praia. O Velódromo, motivo de polêmica e último local entregue para a competição, também foi um sucesso, na avaliação do chefão do Comitê.

Os Jogos não foram organizados em uma bolha

O COI também disse que os Jogos e os atletas foram temas de inspiração para novas gerações e deixaram imagens marcantes. Citou, por exemplo, a medalha de ouro da brasileira Rafaela Silva no judô, “uma menina que veio de uma favela”. E mencionou imagens que celebram o espírito olímpico como a congratulação de russos e ucranianos, e os selfies tiradas juntos por atletas das duas Coreias, do Sul e do Norte, países em conflito. Bach lembrou que os Jogos ficarão marcados pelas performances e adeus do nadador americano Michael Phelps e do jamaicano Usain Bolt nas pistas.

“Houve um recorde de 206 delegações e mais o Time de Refugiados que foi muito bem acolhido por todos”, destacou Bach, informando que o COI continuará a apoiar os atletas. Durante a coletiva, Bach fez questão de mencionar a determinação e engajamento do prefeito do Rio Eduardo Paes para tornar possível a realização dos Jogos na cidade.

“Os Jogos não foram organizados em uma bolha. Foram organizados em uma cidade com problemas sociais e desigualdades, onde a vida real continua, o que foi bom para todos. Ficamos muito próximos da realidade”, afirmou. “Foram 16 dias que não ficaram isolados do país e da sociedade, e sim no meio de tudo isso, o que foi um desafio a enfrentar”, continuou.

Recorde de público no exterior

Questionado por jornalistas sobre as arenas e locais de competições vazios na maior parte das competições, Bach  admitiu: “Foi uma pena, nos primeiros dias dos Jogos, os estádios não estavam com a capacidade completa por diferentes razões. A venda dos tickets, por exemplo, foi lenta no começo. Nos primeiros dias, tivemos muitos desafios em transporte e acessos para os estádios. Mas agora temos visto eventos extraordinários e principalmente em esportes que não eram populares no Brasil antes. Na final do Badminton entre chineses e malaios, o clima era fantástico”, declarou.

No entanto, o COI destacou o interesse do evento fora do Brasil e principalemente nas novas plataformas de comunicação.  “O interesse por esses Jogos foi o maior da história. O consumo por conteúdo em diferentes plataformas bateu recordes”, anunciou Bach, mencionando dados da NBC, parceiro de difusão da Olimpíada nos Estados Unidos. Foram 2,25 bilhão de streaming ao vivo, ou seja, 750 milhões a mais do que as outras edições somadas dos Jogos. Só nas contas em plataformas digitais e mídias sociais do Comitê Olímpico Internacional foram 4 bilhões de impressões, cinco vezes mais do que em Londres.

Dinheiro público versus legado

Bach refutou a afirmação de que houve dinheiro público investido na organização dos Jogos. Ele disse que o dinheiro do Comitê Organizador foi de fundos privados. “Os projetos de infraestrutura foram parcialmente financiados pela iniciativa privada, como a Vila dos Atletas”, exemplificou.

Bach disse que os Jogos deixarão um grande legado para a Cidade como as novas linhas de BRT, a extensão do metrô e estradas para o complexo de Deodoro, na zona norte da cidade. “Ninguém tem dúvidas de que essas obras de infraestrutura eram necessárias e todas essas construções, BRT, estradas e metrô, além do melhor sistema de comunicação, criaram centenas de milhares de empregos. O Rio de Janeiro vai se beneficiar do dinheiro investido”, afirmou.

“Podemos dizer que as pessoas vão falar de um Rio de Janeiro antes e outro, melhor, depois dos Jogos”, finalizou.
 

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