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Espanha/Justiça/Neymar

Justiça espanhola pede dois anos de prisão para Neymar por corrupção

A promotoria da Espanha solicitou dois anos de prisão e uma multa de € 10 milhões para o brasileiro Neymar, por um suposto crime de "corrupção nos negócios" na contratação pelo FC Barcelona, informou nesta quarta-feira (23) uma fonte judicial.

Neymar é acusado de corrupção em sua transferência para o Barcelona.
Neymar é acusado de corrupção em sua transferência para o Barcelona. Reuters / Phil Noble
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A promotoria pede a "pena de dois anos de prisão (...) e multa de € 10 milhões", de acordo com a acusação a que teve acesso a AFP, para o atacante brasileiro, acusado de ter ocultado parte do valor de sua milionária transferência para o Barça, em 2013.

Além disso, a promotoria pede cinco anos de prisão para o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell por corrupção e também por fraude, mas solicita o arquivamento do processo contra o seu sucessor, Josep Maria Bartomeu, atualmente à frente do clube.

A acusação foi feita depois que um juiz de instrução de Madri reabriu o caso sobre a contratação de Neymar, de 24 anos, que havia sido arquivado, mas que foi reaberto por ordem de uma instância superior. O juiz José De la Mata se pronunciou a favor de enviar o astro da seleção brasileira ao banco dos réus no início de novembro e pediu que defesa e acusação apresentassem seus argumentos.

Para empresa, craque e Barça fizeram acordo à parte

O caso teve origem em uma denúncia do fundo de investimentos DIS, que era proprietário de 40% dos direitos federativos do jogador no momento da transferência de Neymar ao Barcelona. A empresa se considerou prejudicada pela negociação.

Em um primeiro momento, o Barcelona anunciou oficialmente a contratação de Neymar por € 57,1 milhões (€ 40 milhões para a família do jogador e € 17,1 milhões para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que a transferência custou, no mínimo, € 83,3 milhões.

O DIS, que recebeu € 6,8 milhões dos € 17,1 milhões destinados ao Santos, acredita que Neymar e o Barcelona se aliaram para ocultar o valor real da transferência. Em função disso, o DIS pediu cinco anos de prisão para o craque brasileiro e que ele seja impedido de jogar profissionalmente durante o tempo da condenação.

O grupo DIS também pede cinco anos pelos mesmos delitos para os pais do jogador, o atual presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor, Sandro Rosell. "Nós nos sentimos traídos por Neymar e sua família", declarou o diretor executivo da DIS, Roberto Moreno, que se sente prejudicado pela operação de transferência do jogador para o Barcelona.

A empresa brasileira, que já solicitou o pagamento de diversas multas milionárias, também quer ser indenizada com € 24,8 milhões.

 

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