Acessar o conteúdo principal
Futebol

Copa das Confederações começa na Rússia com vitória dos donos da casa

A Rússia venceu a Nova Zelândia por 2 a 0 na inauguração da Copa das Confederações, neste sábado (17), em São Petersburgo. O evento, que vai até 2 de julho, está sendo visto como um teste para os russos, que acolhem a Copa do Mundo de Futebol no ano que vem. Além dos dois times, participam da competição Chile, Camarões, México, Austrália, Portugal e Alemanha.

Torcedores russos celebram vitória de 2 a 0 contra a Nova Zelândia no jogo de abertura das Copa das Confederações.
Torcedores russos celebram vitória de 2 a 0 contra a Nova Zelândia no jogo de abertura das Copa das Confederações. REUTERS/Carl Recine
Publicidade

A anfitriã Rússia estreou com vitória contra a Nova Zelândia na partida de abertura da Copa das Confederações. Glushakov abriu o placar aos 31 minutos do primeiro tempo, tocando na saída do goleiro. Na segunda etapa, Smolov fez o segundo aos 24 minutos, depois de puxar contra-ataque e tabelar com Samedov.

O goleiro neozelandês Stefan Marinovic ainda evitou a goleada dos russos em pelo menos quatro oportunidades, além de contar com a sorte de uma bola na trave. Com a vitória, a Rússia lidera o grupo A com três pontos, a espera do que Portugal e México vão fazer na outra partida, no domingo, em Cazã.

Antes do jogo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino, fizeram discursos de inauguração da competição. 

Ensaio para a Copa do Mundo

A um ano de sediar a Copa do Mundo, a Rússia, o evento se apresenta como uma espécie de ensaio geral para o mundial no que se refere à organização do torneio, apesar da grande diferença no número de participantes e no volume de torcedores entre as duas competições. A Copa do mundo conta com 32 países e torcidas, enquanto o torneio deste ano tem apenas 8 equipe.

Os organizadores também esperam que durante a Copa das Confederações o futebol seja a única coisa na mente dos torcedores, deixando para trás a preocupação com o comportamento violento dos 'hooligans' russos, como nos incidentes que assombraram a Eurocopa da França-2016.

"A Rússia é um país completamente seguro e estou convencido de que nossos torcedores se comportarão", declarou recentemente o vice-primeiro-ministro, Vitaly Mutko, à agência TASS. "Todos nós, assim como aqueles que vêm nos visitar, devemos respeitar a cultura e as tradições russas", completou Mutko, que também é o presidente da Federação Russa de Futebol.

Após o atentado de 22 de maio em Manchester, onde morreram 22 pessoas que assistiam a um concerto da cantora pop norte-americana Ariana Grande, as medidas de segurança também foram reforçadas nas quatro sedes da Copa das Confederações: Moscou, São Petersburgo, Sochi e Cazã. Os torcedores que querem assistir a uma das partidas do torneio têm que se registrar antes para receber uma espécie de carteirinha de identidade, que é imprescindível para o acesso aos estádios.

Insultos racistas nos estádios

Também preocupa a crescente onda de racismo na sociedade russa, como ficou evidente em maio deste ano durante o carnaval de Sochi. Na ocasião, um grupo participante quis homenagear os países participantes da Copa das Confederações e optou por representar a seleção de Camarões pintando o rosto dos integrantes de preto e dando-lhes banana para comer. A prefeitura da cidade insistiu em comunicado que o desfile era "a celebração dos diversos continentes e o testemunho de uma Rússia de mente aberta", e que "de nenhuma maneira o desfile de carnaval quis insultar alguém".

Nos últimos cinco anos, vários incidentes racistas marcaram as partidas de futebol realizadas na Rússia. Nesta temporada, em duelo válido pela Liga dos Campeões entre Rostov e PSV, torcedores locais lançaram bananas contra um jogador negro da equipe holandesa. Já na primeira rodada do Campeonato russo o ganês Emmanuel Frimpong foi expulso de campo após um gesto obsceno a torcedores do Spartak Moscou que gritavam cantos racistas.

O atacante brasileiro Hulk, na época estrela do Zenit São Petersburgo, afirmou que era "uma vergonha" os incidentes racistas que aconteciam "quase todo jogo" do campeonato russo. "Se acontecer durante a Copa do Mundo, será algo realmente muito grave e realmente muito feio", alertava o brasileiro, hoje jogador do Shanghai SIPG, da China.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.