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Corrupção, Fifa

Tribunal absolve Manuel Burga em Caso Fifa

Um tribunal americano absolveu nesta terça-feira (26) o ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga, em um novo capítulo do chamado "Caso Fifa", que está sendo julgado em Nova York.

Ex-presidente da Federação Peruana de Futebol Manuel Burga (D) do lado de fora da Corte Federal dos EUA em Nova York em 26 de dezembro de 2017.
Ex-presidente da Federação Peruana de Futebol Manuel Burga (D) do lado de fora da Corte Federal dos EUA em Nova York em 26 de dezembro de 2017. REUTERS/Eduardo Munoz
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Quatro dias após declarar o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e o paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da federação paraguaia, culpados, o júri avaliou que o peruano Manuel Burga era inocente das acusações de envolvimento com uma organização criminosa. A avaliação foi confirmada por um porta-voz da Procuradoria Geral do Brooklyn.

Segundo o júri, Burga aceitou $4,4 milhões de dólares em subornos, mas nunca recebeu o dinheiro, já que estava sendo investigado por lavagem de dinheiro no Peru. 

Marin, que comandou o futebol brasileiro entre março de 2012 e maio de 2015, foi declarado culpado em seis dos sete delitos dos quais era acusado. Segundo o júri, o ex-presidente da CBF aceitou milhões de dólares em propinas em troca de valiosos contratos de transmissão e marketing de eventos internacionais de futebol, como jogos da Libertadores e da Copa América. Napout, por outro lado, foi declarado culpado em três das cinco acusações: associação para delinquir e duas acusações de fraude bancária relacionadas à Copa América e à Libertadores. 

Enquanto isso, Burga se tornou a primeira pessoa a ser absolvida entre as mais de 40 personalidades e entidades do futebol mundial acusadas no "Fifagate". Entre elas, pelo menos 24 já se declararam culpadas.

Burga: "minha história no futebol acabou"

Extraditado aos Estados Unidos em 2016, Burga agora é esperado em Lima na quarta-feira (27). "Retorno à minha pátria. Tenho muito o que fazer lá. Não tenho sentimento de vingança nem de revanche", disse Burga aos jornalistas na saída do julgamento, em declarações veiculadas pela televisão peruana.

Visivelmente emocionado, Burga acrescentou que "Deus iluminou o júri para que fizesse um veredito que espero há dois anos e 22 dias". O ex-mandatário da FPF, que comandou a federação entre 2002 e 2014, passou o período detido em Lima e sob liberdade restringida em Nova York. 

Burga afirmou ainda que sua história no futebol acabou e que voltaria a desempenhar o ofício de advogado, que ele abandonou durante 15 anos para se dedicar à carreira de dirigente esportivo.

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