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Esporte em foco

Lutadora brasileira de 17 anos faz história no Mundial juvenil na Hungria

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Antes mesmo de completar 18 anos, Rebeca Lima já entrou para a história do boxe brasileiro. A carioca, nascida no Complexo da Maré, conquistou a primeira medalha do Brasil em mundiais juvenis. Este ano o campeonato aconteceu em Budapeste, na Hungria, e reuniu cerca de 450 atletas.

Rebeca Lima de apenas 17 anos fez história no boxe brasileiro ao conquistar 1ª medalha brasileira em mundiais juvenis, 30 de agosto de 2018
Rebeca Lima de apenas 17 anos fez história no boxe brasileiro ao conquistar 1ª medalha brasileira em mundiais juvenis, 30 de agosto de 2018 Divulgação - CBBOXE
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Na estreia, a brasileira bateu por pontos (3 a 2) Mariya Gladkova, do Cazaquistão. Na sequência, ganhou, em decisão unânime, da ucraniana Veronika Korets. Nas quartas de final, repetiu o resultado da luta anterior contra a finlandesa Vilma Vitanen. Por não haver disputa de terceiro lugar, mesmo perdendo na semifinal, Rebeca garantiu a medalha de bronze, tornando-se a primeira brasileira a conseguir esse feito.

“Eu não tinha noção do que era um mundial. Eu sabia que era um campeonato grande, importante, e que muitas coisas poderiam acontecer. Eu não imaginava estar lutando fora do Brasil. Ainda não caiu a ficha que estou representando o Brasil e marcando a história”, conta emocionada a jovem atleta.

Esperança de medalhas

Para Matheus Alves, técnico da Confederação Brasileira de Boxe, que acompanhou os atletas nessa competição, Rebeca Lima é esperança de muitas medalhas no futuro. “A Rebeca começou a treinar com a Confederação após o campeonato brasileiro da categoria juvenil no ano passado, em Cuiabá, onde ela foi campeã. Ela venceu de uma atleta da Bahia, que já luta pela categoria adulta. Isso chamou muito a nossa atenção, pelas características físicas e técnicas da Rebeca”, contou Alves. “A partir desse momento, ela entrou no nosso projeto de base, fazendo treinamentos em conjunto com a seleção brasileira durante etapas. Ela é uma atleta que tem recursos técnicos muito bons, sabe boxear para trás, para os lados e tem grande possibilidade de ser um dos destaques do Brasil nas próximas Olimpiadas”, afirmou o treinador.

Rebeca Lima afirma que sua maior dificuldade é o tempo. Mal consegue se dividir entre os estudos e o boxe. Mas a jovem conta que sempre praticou esportes e que, até pouco tempo atrás, nunca havia pensado em lutar. “Desde pequena, aos 5 anos, eu já fazia ginástica artística. Eu praticava esportes no Complexo da Maré, em uma Vila Olímpica. Havia perto dali o prédio do ‘Luta pela paz’ – projeto social que ensina artes marciais em comunidades carentes – e, um dia, conversei com as meninas que lutavam lá e que vinham correr no Centro Olímpico. Foi quando decidi arrastar minha mãe para que ela me inscrevesse no ‘Luta’. Foi assim que tudo começou”, conta Rebeca.

A meta é lutar nos Jogos Olímpicos

Após tanta dedicação, a jovem carioca não esconde que seu maior sonho é estar nas próximas Olimpíadas. “Sempre sonhei em conquistar medalhas olímpicas e a cada ano eu me sinto mais próxima e mais capaz de realizar esse objetivo. Vou continuar treinando duro para chegar lá. Gostaria muito de estar presente em 2020, mas tenho mais esperança para 2024”, contou a atleta.

Em Budapeste, além de Rebeca Lima, Luiz Oliveira, o Bolinha, também conquistou o bronze após perder na semifinal para o inglês Ivan Price, na semifinal da categoria peso mosca de até 52 kg. A Confederação Brasileira de Boxe que o Brasil está voltando a conquistar espaço no cenário internacional. O próximo desafio serão os Jogos Olímpicos da Juventude, que acontecerão na Argentina, em outubro

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