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Neymar terá que “consertar relação despedaçada” com a torcida do PSG

A imprensa francesa desta segunda-feira (2) revela os bastidores da transferência frustrada de Neymar do PSG para o Barcelona. A contragosto, o atacante teve que se resignar a ficar mais uma temporada no clube parisiense. O futuro não será simples. O brasileiro terá que “reparar a relação despedaçada” com a torcida, escreve Libération.

A imprensa francesa desta segunda-feira, 2 de setembro de 2019, revela os bastidores da transferência frustrada de Neymar do PSG para o Barcelona.
A imprensa francesa desta segunda-feira, 2 de setembro de 2019, revela os bastidores da transferência frustrada de Neymar do PSG para o Barcelona. REUTERS/Charles Platiau
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“Os bastidores de uma transferência impossível”, escreve Le Parisien. A novela das negociações para a ida do atacante brasileiro para o Barcelona manteve o futebol europeu em suspense durante mais de dois meses e o diário descreve os detalhes secretos que impediram a transação complexa de se concretizar.

Neymar entendeu pela primeira vez que sua "liberação" seria uma operação mais complicada do que o previsto em meados de agosto, quando uma delegação do Barcelona veio a Paris negociar com o PSG. Os representantes do clube catalão chegaram à capital francesa quase de mãos vazias, propondo apenas o empréstimo de Coutinho e uma vaga quantia de dinheiro.

O principal obstáculo é que desde 18 de junho o presidente do PSG, Nasser al-khelaïfi, se sentiu humilhado com o desejo de Neymar de deixar o clube. Ele ordenou ao diretor esportivo Leonardo de só liberar o atacante se o PSG recuperasse mais do que pagou pelo passe do brasileiro em 2017, isto é, € 222 milhões. Nasser chegou a exigir até € 300 milhões.

Os parisienses sabiam que o Barça não tinha o dinheiro para levar Neymar de volta, antecipando o desfecho de uma transferência que não podia se realizar, narra Le Parisien. Mesmo com o brasileiro colocando do próprio bolso € 20 milhões, a conta não fechava

Blefe?

L'Equipe também descreve os bastidores deste verão inacreditável de Neymar e se pergunta, a partir de quando o atacante brasileiro colocou na cabeça que queria a todo custo deixar o PSG. Foi depois da derrota na final da Copa da França, quando ele deu um tapa em um torcedor do Rennes, em 27 de abril? Ou foi após as acusações de estupro contra ele em maio?

Independentemente, o jogador decidiu partir durante a primavera europeia e o catalisador desse desejo foi o craque argentino Lionel Messi, acredita o jornal esportivo. Messi apoiou abertamente Neymar. O brasileiro pensou que o apoio incondicional do argentino era compartilhado, também, pela direção do Barça. Ele revelou então publicamente o desejo, abrindo a crise que viveu seu ápice quando os torcedores do PSG insultaram o jogador na estreia da atual temporada, em 11 de agosto.

L'Equipe se pergunta se no final das contas toda essa história não passou de um grande blefe. “O fenômeno do futebol mundial, o jogador ao mesmo tempo formidável e irritante, fica no PSG por pelo menos mais um ano. A temporada promete”, anuncia L'Equipe.

Situação desconfortável

O PSG e Neymar terão que esperar para consertar a relação desgastada com a torcida. O brasileiro chega nesta segunda-feira em Miami, onde joga com a seleção brasileira contra a Colômbia. Somente depois de 11 de setembro, depois do amistoso contra o Peru em Los Angeles, ele volta a Paris e jogará enfim pela primeira vez da temporada com o clube francês, informa Libération.

Neymar teve que ficar a contragosto e “imaginamos que essa perspectiva não o agrade. Ela também não agrada a arquibancada do Parque dos Príncipes”, avalia o Le Figaro. “A situação é desconfortável para todo mundo”, resume o jornal conservador. Constrangidos e forçados, o atacante e o clube da capital vão ter que se entender e coabitar, pelo menos durante este ano. No final da atual temporada, a novela vai ser retomada, prevê Le Figaro.

Mas se ao contrário de todas as expectativas o brasileiro mostrar finalmente seu melhor futebol e evitar a enfermaria, o PSG poderá sonhar com um “grande destino europeu”, torce o diário.

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