Frio já matou mais de 60 pessoas na Europa

A onda de frio excepcional na Europa já causou a morte de pelo menos 60 pessoas. A situação começa a melhorar em países como a França, mas as nevascas e o frio intenso ainda perturbam boa parte do continente.

Carros na cidade de Poznan, no centro da Polônia, ficam bloqueados pela neve depositada nas ruas. Reuters

O frio precoce continua. Nesta sexta-feira, a cidade escocesa de Braemer registrou temperaturas siberianas de 20°C negativos, Moscou chegou a marcar menos 24°C. A intensa onda de frio que há uma semana atinge grande parte Europa causou grandes transtornos à população e pelo menos 60 pessoas morreram.

A Polônia registrou 30 mortes, na maioria dos casos homens entre 35 e 60 anos sem residência fixa. As dificuldades no tráfego aéreo e ferroviário levaram as autoridades polonesas a mobilizar 3 mil presos em operações de retirada de neve e de gelo das ruas.

A situação dos transportes melhorou, mas continua perturbada. O aeroporto de Gatwick, ao sul de Londres e segundo mais importante da Inglaterra, retomou as atividades depois de dois dias de voos suspensos. Os aeroportos de Londres-Heathrow, Lodon City e Luton registraram atrasos e anulações. O aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, teve 44 voos anulados nesta sexta-feira.

Na rede ferroviária, um terço dos trens Eurostar que fazem o trajeto Paris-Londres e Bruxelas-Londres não estão em circulação. Além disso a companhia ferroviária alerta para possíveis atrasos de até 90 minutos. As perturbações devem continuar durante todo o final de semana.

A França, que já teve vítimas fatais por causa do frio polar, disponibilizou aos sem-teto 900 lugares em albergues municipais e em uma base aérea. A ação conjunta do governo francês acontece por meio de uma cooperação do Exército com as associações de assistência aos desabrigados. Apesar do frio diminuir no país, quase 3 mil casas continuam sem eletricidade.