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França/Tunísia

França pode bloquear trem de imigrantes

Para a Comissão Europeia, a França não agiu errado ao bloquear no domingo, a passagem de um trem com cerca de 300 imigrantes tunisianos e militantes de direitos humanos, vindo de Vintimiglia, na Itália.  A França agiu de acordo com a lei interrompendo o tráfego temporariamente, diz a Comissão Europeia.

Durante várias horas, a circulação de trens entre a cidade italiana de Ventimiglia e a região francesa de Côte d"Azur foi paralisada.
Durante várias horas, a circulação de trens entre a cidade italiana de Ventimiglia e a região francesa de Côte d"Azur foi paralisada. AFP/Catherine Marciano
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A França teve o direito de suspender o tráfego ferroviário com a  Itália, indicou a Comissão Europeia nesta segunda-feira. "As autoridades francesas explicaram que se tratava de uma interrupção temporária, e que agora o tráfico foi normalizado", disse a comissária europeia de assuntos internos, Cecilia Malmström.  Ela ressaltou que a França alegou que o motivo foi "a manutenção da ordem pública", o que é perfeitamente legal.

O chanceler italiano Franco Fratini havia declarado que o bloqueio viola as regras de livre circulação na União Europeia. O ministro francês do Interior, Claude Guéant declarou nesta segunda-feira que “não quer mais tensões com a Itália”, mas acrescentou que a decisão italiana de conceder vistos temporários para mais de 20 mil imigrantes tunisianos" foi contestada por vários países do bloco europeu."

Segundo o ministro, a França aceitou a medida, mas com condições. Os imigrantes precisam provar, por exemplo, que têm recursos suficientes para se manter no país. Guéant também justificou que a regra que prevalece no Espaço Schengen  "é que o país de chegada se responsabilize pelo fluxo de imigrantes." A imprensa italiana desta segunda-feira não perdoa mais essa crise diplomática entre França e Itália.

O jornal La Repubblica diz que essa nova proibição é como uma bofetada de Paris em Roma. Os vistos de residência de seis meses distribuídos pela Itália aos 20 mil tunisianos deveriam ser válidos em todos os países da União Europeia, assinalam os jornais italianos.

Nesta quarta-feira, o chanceler francês Alain Juppé chega à Tunísia, na sua primeira viagem ao país desde que assumiu o cargo. O programa do ministro não foi divulgado, mas a questão da imigração clandestina na Europa deve dominar os debates. A França chegou a propor ajuda financeira ao país, desde que as autoridades se empenhem para receber de volta os imigrantes que tentaram deixa r o território.
 

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