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Concordia/tragédia

Justiça indicia sete dirigentes da Costa Cruzeiros

A Justiça italiana indiciou três membros da tripulação e quatro funcionários da companhia, segundo um comunicado da empresa Costa Cruzeiros, que administra o navio Costa Concordia. Eles são acusados do naufrágio no dia 13 de janeiro que resultou na morte de 20 pessoas e deixou 12 desaparecidas, e também de negligência, pela falta de comunicação com as autoridades marítimas. Outros oito cadáveres foram encontrados na embarcação nesta quarta-feira.

Mais oito corpos foram localizados no Costa Concordia nesta quarta-feira.
Mais oito corpos foram localizados no Costa Concordia nesta quarta-feira. Foto: Reuters
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Segundo Davide Barbano, porta-voz da Costa Cruzeiros, a Justiça enviou quatro convocações para os membros da tripulação e três para executivos da empresa. Entre eles, Manfred Ursprunger, vice-presidente executivo, e Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise. Em um comunicado, a Costa Cruzeiros afirma "estar confiante no trabalho da Justiça, à quem ofereceu desde o início nossa colaboração." Até agora, apenas o capitão do navio, Francesco Schettino, e seu assistente, Ciro Ambrosio, haviam sido detidos depois da catástrofe. Eles são acusados de homícidio múltiplo, naufrágio e abandono do navio, mas apenas o comandante aguarda o processo em prisão domiciliar.

Nesta quarta-feira, os cadávares de oito vítimas foram encontrados na parte submersa do navio. Segundo informações das equipes que participam da operação de resgate, foram encontrados o corpo de um homem, de uma mulher, e o da menina Dayana, de 5 anos, que viajava com o pai, e cuja história comoveu a Itália. Segundo as autoridades italianas, as equipes de resgate devem voltar ao local nesta quinta-feira para tentar retirar os outros corpos, que estão em avançado estado de decomposição. A localização foi possível graças aos depoimentos de alguns dos passageiros, que indicaram locais no navio onde ainda seria possível encontrar alguma vítimas. O resgate foi interrompido nesta quarta-feira por conta do mau tempo.

As vítimas do acidente se reuniram e criaram associações que prestaram quaixas contra a empresa na Itália, na França e nos Estados Unidos, onde 39 passageiros exigem uma indenização de 520 milhões de dólares por danos morais e materiais. O navio afundou no dia 13 de janeiro, transportando 4.229 pessoas, entre elas 3.200 turistas de 60 nacionalidades diferentes. A embarcação bateu em um rochedo perto da ilha de Giglio, depois do capitão perder o controle do navio.
 

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