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Suíça/Fisco

Suíços divididos com o fim de benefícios fiscais a milionários estrangeiros.

Os suíços ficaram divididos neste domingo quanto às vantagens fiscais para estrangeiros. Dois cantões, de Bâle-Campagne e Berna, fizeram um referendo e adotaram decisões diferentes sobre os benefícios concedidos aos chamados "exilados fiscais", os milionários estrangeiros que procuram o país para pagar menos impostos.

Gstaad, é um vilarejo na parte germanófona do cantão Berna, no sudoeste da Suíça.
Gstaad, é um vilarejo na parte germanófona do cantão Berna, no sudoeste da Suíça. Flickr
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Os moradores de Gstaad, cidade do cantão de Berna, no sudoeste, eram os mais preocupados com a possibilidade de que o fim dos benefícios fiscais provocasse um êxodo dos estrangeiros ricos que movimentam a economia local. Eles temiam o que aconteceu com Zurique que aboliu em 2009 os benefícios fiscais para os milionários estrangeiros. Resultado: o cantão perdeu 12,2 milhões de francos suíços (10 milhões de euros) de receitas.

Os eleitores do cantão de Berna, que têm 230 ricaços estrangeiros, decidiram então manter os benefícios fiscais ao rejeitar com 66,5% dos votos a iniciativa “ Impostos equitativos – pelas famílias”. Mas, por outro lado, aprovaram com um índice de 52,9% regras mais duras para concessão dessas vantagens e elevaram para 400 mil francos suíços (equivalente a 330 mil euros) o rendimento mínimo para ter acesso ao sistema. O regime em vigor não fixa valores.

Em Bâle-Campagne, cantão do noroeste da Suíça, os moradores decidiram abolir os benefícios fiscais. A região conta com apenas 16 "exilados estrangeiros" e o impacto financeiro vai ser bem limitado. Os “refugiados fiscais” pagam 1,7 milhões de francos suíços ( 1,4 milhão de euros) de impostos de um total de 986 milhões de francos suíços coletados pelo cantão, segundo a agência ATS.

Na Suíça o sistema de vantagens fiscais varia de cantão para cantão e 5 deles decidiram por um ponto final nos benefícios concedidos ao milionários que fogem do Fisco em seus países. Em 2010, a Suíça tinha 5.445 “ exilados fiscais” protegidos pelo sistema que pagaram 668 milhões de francos suíços em impostos.
 

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