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Grécia/economia

Grécia anuncia acordo com credores para manter país na zona do euro

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, anunciou nesta terça-feira um acordo do governo com o trio de credores do país -União Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu -, sobre um pacote de economias que a Grécia deve fazer para garantir seu futuro na zona do euro. Para que as medidas sejam aprovadas, o primeiro-ministro lançou um alerta aos partidos de oposição alertando que o país poderá enfrentar o caos.

Antonis Samaras, o primeiro-ministro grego.
Antonis Samaras, o primeiro-ministro grego. REUTERS/Tobias Schwarz
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"Nós concluímos as negociações sobre as medidas (de austeridade) e sobre o projeto de lei orçamentária (2013)", afirmou Antonis Samaras em um comunicado divulgado por seu gabinete.

"Fizemos tudo o que podíamos fazer, até esgotarmos o tempo, e chegamos a melhorias importantes no último minuto. Se este acordo for aprovado e o orçamento votado, a Grécia vai continuar na zona do euro e sairá da crise", afirmou Samaras.

Há quatro meses negociando com seus credores, o governo grego formado pela coalizão tripartite - direita, socialistas e esquerda moderada -, foi obrigado a aceitar um pacote prevendo novas economias de cerca de 13,5 bilhões de euros, para garantir a continuidade dos repasses dos empréstimos negociados com o FMI e seus parceiros europeus.

Na quarta-feira, o governo vai apresentar ao parlamento o projeto de lei do orçamento 2013, com a maior parte do esforço econômico. Os ministros das Finanças da zona do euro, que acompanham de perto a situação grega, devem se reunir no dia 12 de novembro para examina rem detalhes o pacote de medidas. No entanto, um encontro preliminar pode acontecer já a partir do dia 8.

Em uma corrida contra o relógio, a Grécia deve receber uma parcela de 31,5 bilhões de euros até o dia 16 de novembro para evitar um calote no pagamento das dívidas do governo. O repasse estava previsto para o mês de junho mas foi suspenso diante da falta de um acordo sobre novas medidas de economia.

Teste

O projeto de lei será um teste para a coalizão de governo. No papel, o primeiro-ministro Samaras dispõe de uma maioria confortável de 176 deputados de um total de 300. No entanto, o pequeno partido da esquerda democrática (Dimar), terceiro parceiro da coalizão, declarou que não estava de acordo com o resultado final das negociações do governo com o trio de credores do país.

O partido rejeita uma série de medidas como a flexibilização do mercado de trabalho no momento em que a Grécia registra um índice de desemprego acima de 25% da população economicamente ativa.

Apesar da discordância, o partido Dimar não coloca em risco a aprovação do projeto de lei porque os outros dois partidos da coalização, o Nova Democracia (conservador), e o Pasok (socialista), somam juntos 160 cadeiras no parlamento.

Para garantir a aprovação do orçampento de 2013, Antonis Samaras disse que se o novo acordo for rejeitado o país iria se deparar com o caos. Para o premiê, os deputados devem afastar o risco de um calote do governo e de uma possível saída da Grécia da zona do euro.
 

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