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Violência/Europa

Atirador mata três e fere dois em vilarejo suíço

Um homem de 33 anos com histórico de problemas psiquiátricos matou três mulheres (de 32, 54 e 79 anos) e feriu dois homens a tiros na noite desta quarta-feira no vilarejo de Daillon, em Valais, Suíça. O atirador, natural da região, acabou ferido quando foi abordado pela polícia e recebe cuidados médicos no mesmo hospital onde estão os dois sobreviventes.

Faixa da polícia isola área onde atirador matou três mulheres
Faixa da polícia isola área onde atirador matou três mulheres REUTERS/Denis Balibouse
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Um dos homens está sob tratamento intensivo e seu estado é crítico. O outro, atingido no ombro, não corre risco de morte. De acordo com a polícia, o assassino é parente distante dos dois homens, de 33 e 63 anos, e conhecia todas as vítimas.

Pouco antes das 21h no horário local, moradores do vilarejo ouviram gritos e disparos e chamaram a polícia, depois de ver "várias pessoas deitadas no chão". Quando o chegaram, os policiais dizem ter sido recebidos a tiros. Ao revidar, feriram o agressor. "Estamos surpresos e chocados", declarou um dos 200 habitantes da cidadezinha. "Uma pessoa que mora em Daillon atirou em seus vizinhos".

O atirador, que recebe uma pensão por invalidez, tinha passagem pela polícia por consumo de maconha. Em 2005, ele foi internado em um hospital psiquiátrico, depois que a polícia apreendeu armas de fogo em sua residência. De acordo com a dona de um restaurante local, o atirador bebeu no fim da tarde, mas a polícia não confirmou se ele estava alcoolizado. Para o crime desta quarta, ele usou ao menos duas armas: uma espingarda de uso exclusivo do exército suíço e uma escopeta calibre 12, cuja origem é desconhecida.

De acordo com números não-oficiais, cerca de dois milhões de armas de fogo - entre elas, vários fuzis de assalto e pistolas, de soldados ou veteranos do exército - estão nas casas dos suíços. Embora os suíços sejam grandes adeptos do tiro esportivo, a proliferação das armas de fogo no país é uma pauta frequente de organizações de direitos humanos, igrejas, sindicatos e partidos de esquerda.

Não sem motivo: nos últimos anos, elas provocaram várias tragédias. Em 2001, um atirador entrou no Parlamento de Zoug e matou 14 pessoas. Uma antiga campeã de esqui, Corinne Rey-Bellet foi assassinada junto com o irmão pelo próprio marido. Em 2009, um soldado matou um adolescente num ponto de ônibus com seu fuzil de assalto. Por causa destes crimes, o país organizou um referendo em fevereiro de 2011 para restringir a venda de armas de fogo, mas a maioria dos suíços foi contrária à proposta.
 

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