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TPI/Haia

TPI começa a julgar vice-presidente do Quênia por crimes contra a humanidade

O Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) começou a julgar nesta terça-feira o vice-presidente do Quênia, Wiliam Ruto, por crimes contra a humanidade. Primeiro alto dirigente no poder a ser julgado pelo TPI, Ruto, de 46 anos, é acusado de incitar uma onda de violência étnica em seu país após a eleição presidencial de 2007, vencida por Mwai Kibaki. O atual presidente queniano, Uhuru Kenyatta, também será julgado pelos mesmos crimes em novembro.

O vice-presidente do Quênia, William Ruto (à dir.), antes do início do seu julgamento no TPI de Haia, em 9 de setembro de 2013.
O vice-presidente do Quênia, William Ruto (à dir.), antes do início do seu julgamento no TPI de Haia, em 9 de setembro de 2013. REUTERS/Michael Kooren
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Na abertura do processo, Ruto não reconheceu as acusações e disse ser inocente. Mais de 20 deputados e dezenas de simpatizantes do vice-presidente foram a Haia, na Holanda, sede do tribunal, dar apoio ao queniano. Além do vice-presidente, o radialista Joshua Arap Sang também deverá responder a três crimes contra a humanidade: assassinato, perseguição e deportações. Eles alegam inocência.

A onda de violência posterior à eleição de 2007 opôs dois grupos rivais que não aceitaram o resultado das presidenciais. Na época, simpatizantes do presidente Kenyatta, originário da etnia majoritaria no país, e partidários de Ruto, que pertence ao terceiro maior grupo étnico da população, se enfrentaram durante semanas nas ruas com machadinhas, facões e flechas. Pelo menos 1.200 pessoas morreram e outras 600 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Porém, nas eleições presidenciais de março deste ano, os dois ex-rivais se aproximaram, selaram uma aliança e venceram a votação. Agora que estão no poder, tanto o presidente Kenyatta como o vice Ruto dizem não ter envolvimento com a violência pós-eleitoral de 2007.  

O julgamento do presidente Kenyatta no TPI, a partir de novembro, será o primeiro de um chefe de Estado em exercício. As audiências devem começar em 12 de novembro. Ele também responderá a acusações de crimes contra a humanidade.

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