Quatro brasileiros morrem em inundações na Sardenha

O governo italiano decretou nesta terça-feira, 19 de novembro de 2013, o estado de emergência na ilha da Sardenha, após a passagem durante a noite do ciclone Cleópatra, que matou ao menos 17 pessoas e deixou centenas de desabrigados. O primeiro-ministro, Enrico Letta, disse que se trata de "uma tragédia nacional". Uma família de quatro brasileiros está entre as vítimas fatais.

Inundações provocaram a morte de ao menos 17 pessoas na Sardenha. REUTERS/ANSA/Massimo Locci

As vítimas brasileiras são Isael Passoni, de 42 anos, e seus filhos Weriston, de 20 anos, e Laine Kellen, de 16 anos. Ainda não foi informado o nome da quarta vítima, mãe dos adolescentes.

Eles morreram afogados em um apartamento situado em um subsolo na cidade de Arzachena, atingida nesta segunda-feira à noite pela enchente do Rio Mannu e do San Pietro.

Segundo a imprensa local, o apartamento onde viviam ficou completamente inundado e acabou se transformando em uma armadilha fatal.

O Consulado do Brasil em Roma, competente também pela ilha da Sardenha, ainda não forneceu mais informações sobre a família de brasileiros, mas afirmou que está tratando do assunto com as autoridades locais.

Resgate

As equipes de resgate continuam a trabalhar para chegar às áreas rurais ou montanhosas de difícil acesso devido aos desabamentos de terra e de pontes. Os bombeiros já realizaram mais de 600 intervenções em toda a ilha.

A cidade portuária de Olbia, muito visitada pelos turistas durante os meses de verão, foi quase inteiramente inundada, o que provocou a evacuação de centenas de moradores. Eles foram provisoriamente abrigados em hoteis, ginásios ou nas casas de outros moradores.

As violentas tempestades surpreenderam os habitantes. O chefe da proteção civil, Franco Gabrielli, disse a uma televisão italiana que a quantidade de chuva trazida em uma noite pelo ciclone foi o equivalente à precipitação de seis meses em tempo normal.

As tempestades afetaram cerca de 20 mil pessoas. As autoridades locais afirmam que ainda há um certo número de desaparecidos e não excluem a possibilidade de um aumento do balanço de mortos. As chuvas e inundações também provocaram importantes prejuízos materiais.