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Grã-Bretanha/UE

Premiê britânico quer limitar imigração europeia no país

O primeiro-ministro britânico David Cameron deu nesta quarta-feira, 27 de novembro de 2013, mais um sinal de distanciamento da União Europeia, desta vez atacando a imigração profissional. Com medo da chegada em massa de romenos e búlgaros ao mercado de trabalho britânico a partir de janeiro de 2014, quando serão suspensas as últimas restrições, Cameron declarou no parlamento que estuda medidas para desencorajar essa imigração.

O primeiro-ministro britânico David Cameron, durante congresso do Partido Conservador, em outubro de 2013.
O primeiro-ministro britânico David Cameron, durante congresso do Partido Conservador, em outubro de 2013. REUTERS/Toby Melville
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, vai mudar as regras para o pagamento de benefícios sociais aos imigrantes europeus. A partir de primeiro de janeiro do ano que vem eles só terão direito ao salário desemprego após três meses no país e somente durante seis meses se o imigrante não conseguir provar que tem chances reais de encontrar um emprego.

Além disso, auxílio moradia e outros benefícios também serão condicionados a busca de emprego e a uma renda mínima. Os sem teto ou pessoas pedindo esmola na rua serão expulsos, com a interdição de retornar ao país durante um ano.

As restrições são válidas para todos os imigrantes europeus, mas visam especialmente os búlgaros e romenos que terão finalmente acesso ao mercado de trabalho europeu, apos sete anos de adesão ao bloco. Cameron tenta assim agradar os integrantes de seu partido Conservador que temem a chegada em massa de imigrantes desses dois países e a perda de eleitores cada vez mais seduzidos por um discurso antieuropeu e contra a imigração.

As previsões mais alarmistas indicam que até 600 mil trabalhadores búlgaros e romenos vão se instalar em outros países da União Europeia a partir do ano que vem.

Livre circulação

E o desafio do premiê britânico a Bruxelas não para por aí. Cameron também quer renegociar o princípio de livre circulação de pessoas em vigor no bloco. Para impedir que europeus de países pobres se instalem na Grã-Bretanha, ele propõe uma cota anual de imigrantes intercomunitários e que os novos países do bloco atinjam um nível mínimo de PIB por habitante antes que seus cidadãos sejam autorizados a imigrar. Essa é uma das reformas no funcionamento da União Europeia exigida pelo premiê antes do referendo no país, em 2017, sobre permanência da Grã-Bretanha no bloco.

Resposta da vice-presidente da Comissão europeia Viviane Reding: “Se a Grã-Bretanha quer abandonar o mercado único, isso é possível, mas a Liberdade de circulação não é negociável".
 

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