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Papa/Viagem

Papa Francisco anuncia visita à Terra Santa de 24 a 26 de maio

O papa Francisco anunciou neste domingo que vai realizar em maio "uma peregrinação na Terra Santa". Ele visitará a Jordânia, Israel e os territórios palestinos. Jorge Bergoglio irá a Aman, a Belém e a Jerusalém de 24 a 26 de maio. Essa será sua primeira viagem à região como sumo pontífice. Ele foi convidado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e pelo presidente israelense, Shimon Peres.

O papa Francisco anunciou neste domingo, 5 de janeiro de 2014, durante o Ângelus, que fará uma peregrinação na Terra Santa em maio.
O papa Francisco anunciou neste domingo, 5 de janeiro de 2014, durante o Ângelus, que fará uma peregrinação na Terra Santa em maio.
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O papa Francisco fez o anúncio diante de milhares de fiéis reunidos na praça São Pedro, no Vaticano, para o Ângelus. Essa viagem acontece 50 anos após a primeira visita de uma papa da época contemporânea, Paulo 6°, aos lugares santos da cristandade.

Os dois mais recentes predecessores do papa Francisco também foram à Terra Santa: João Paulo 2° em 2000 e Bento 16 em 2009.

Muitos lugares santos cristãos estão na região israelense de Galiléia mas Belém, considerado o lugar onde Jesus nasceu, se encontra nos territórios palestinos, na Cisjordânia ocupada.

O papa anunciou que também visitará a igreja do Santo Sepulcro, no local onde Jesus teria sido enterrado, que está em Jerusalém oriental, parte da cidade controlada por Israel mas reivindicada pelos palestinos para um futuro Estado.

Israelenses e palestinos retomaram em julho negociações de paz diretas, sob a égide dos Estados Unidos. O Vaticano fez um apelo para que as duas partes tomem decisões "corajosas e determinadas" para chegar à paz.

Reações

Os líderes da igreja católica da Terra Santa receberam "calorosamente" o anúncio da peregrinação do papa Francisco na região no final de maio.

"Eles estão confiantes de que essa visita não será somente um evento internacional, mas será sobretudo uma mensagem de amor e de fraternidade para todos os habitantes dos países visitados", diz um comunicado da igreja.

Em uma declaração divulgada pela agência oficial palestina Wafa, o presidente palestino também comemorou a visita do papa Francisco. Mahmoud Abbas enfatizou "a importância dessa visita, que esperamos trará benefícios e paz a nosso povo palestino que sofre com a ocupação" israelense.

"Essa visita pode contribuir para aliviar o sofrimento do povo palestino que aspira à liberdade, à justiça e à independência", acrescentou ele.

Por sua vez, a Assembleia dos ordinários católicos da Terra Santa, que representa os bispos de diferentes comunidades católicas (romanas e orientais), exprimiu sua "alegria". Em um comunicado, os bispos dizem "que essa visita tem o objetivo principal de espalhar e promover o amor, a cooperação e a paz entre todos os habitantes da região".

Eles também apontam o caráter ecumênico da peregrinação papal, "a fim de ilustrar o desejo de unidade de todas as igrejas". A Igreja católica da Terra Santa parece preocupada em evitar toda recuperação política da viagem do papa por parte de Israel ou dos palestinos.

Os cristãos árabes são cerca de 180 mil na Terra Santa - 120 mil em Israel e 60 mil nos territórios palestinos -, segundo as estimativas do patriarcado latino (católico romano) de Jerusalém. Os cristãos não árabes (imigrantes, russos ortodoxos e judeus convertidos, entre outros) em Israel seriam cerca de 250 mil.

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