Investidores já retiraram US$ 25 bilhões da Rússia; banqueiro teme recessão
O rublo, a moeda russa, entrou oficialmente em circulação na Crimeia nesta segunda-feira (24), pegando de surpresa bancos e lojistas que esperavam a medida para o final do mês. A grívnia, moeda ucraniana, continuará sendo usada na península até janeiro de 2016, mas o comércio local e bancos já fazem as contas de quanto terão de gastar para converter a economia local ao rublo.
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A crise provocada pela rápida anexação da Crimeia à Rússia estremece as relações com o Ocidente e afeta a economia russa. O país corre o risco de entrar em recessão, se o capital estrangeiro continuar deixando a bolsa de valores de Moscou. A advertência foi feita hoje pelo presidente do Sberbank, o maior banco privado da Rússia. O dirigente disse que desde o início do ano e do agravamento da crise ucraniana, os investidores já retiraram US$ 34 bilhões do país.
Caso a fuga de capitais alcance US$ 100 bilhões, o crescimento da economia seria comprometido e ficaria próximo de zero, disse German Gref, do Sberbank. O PIB russo cresceu 0,3% em fevereiro, contra 0,7% no primeiro mês do ano. As sanções econômicas em estudo por europeus e americanos tendem a piorar essa tendência.
Analistas acreditam que se a crise com o Ocidente perdurar, a fuga de capitais da Rússia poderá chegar a US$ 49 bilhões no primeiro trimestre de 2014, contra US$ 62 bilhões ao longo de todo o ano de 2013.
O mercado russo viu bilhões de dólares evaporarem nas últimas semanas. O banco central teve de injetar US$ 15 bilhões de reservas para segurar a desvalorização do rublo.
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