Erro de funcionário causa prejuízo de R$ 11 mi ao Greenpeace
Um “grave erro de avaliação” por parte de um funcionário do Greenpeace causou um prejuízo de € 3,8 milhões de euros (R$ 11,4 milhões) à organização ecologista. O problema foi admitido neste domingo (15) pela ONG, que pediu desculpas aos militantes.
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Para se proteger da flutuação das taxas de câmbio, o Greenpeace acerta diversos contratos com empresas especializadas em comprar moeda com taxas de câmbio fixas, conforme Mike Townsley, diretor de comunicação da ONG. Segundo ele, a prática é comum em entidades que atuam em vários países. “Sem esse dispositivo, nós ficaríamos muito expostos às flutuações e correríamos o risco de perder muito dinheiro usado pela nossa organização em todo o mundo”, explicou.
O problema, entretanto, ocorreu quando um empregado “ultrapassou as suas funções” e decidiu fechar um destes contratos sem a autorização da direção, baseada na Holanda. “O contrato se mostrou muito ruim e muito prejudicial para nós”, lamentou Townsley, sem dar mais detalhes sobre a operação. “Nós perdemos € 3,8 milhões nessa história, um valor enorme”, disse.
O diretor de comunicação informou que o orçamento anual da organização é de € 300 milhões. “Por enquanto, nada indica que o funcionário tenha agido para proveito pessoal. Parece ter sido um erro de avaliação”, afirmou.
Funcionário demitido
O empregado, cujo nome não foi divulgado, foi demitido. Townsley destacou que nenhuma campanha do Greenpeace vai ser prejudicada financeiramente devido ao problema. “Nós vamos dividir o prejuízo nos dois ou três próximos anos, reduzindo os gastos nas nossas infraestruturas e investimentos, por exemplo.”
Conforme o diretor, uma investigação interna está em curso para apurar o caso e evitar que uma nova operação mal-sucedida se repita. “O Greenpeace gostaria de pedir desculpas”, observou.
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