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Grécia/FMI

FMI suspende ajuda financeira à Grécia até formação de governo

O porta voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, disse nesta segunda-feira (29) que o organismo retomará as discussões sobre a ajuda financeira à Grécia depois das eleições legislativas antecipadas, que devem acontecer no dia 25 de janeiro. De acordo com ele, a “necessidade de financiamento não é imediata”.

O premiê grego Antonis Samaras durante sessão de voto no Parlamento de Atenas, nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2014.
O premiê grego Antonis Samaras durante sessão de voto no Parlamento de Atenas, nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2014. REUTERS/Yannis Behrakis
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O comunicado foi divulgado nesta segunda-feira pelo Fundo e explica que o plano de ajuda financeira só será retomado depois “que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu forem consultados.” O Parlamento grego fracassou hoje na tentativa de eleger o presidente Stravos Dimas, que não obteve os votos necessários dos deputados depois de uma eleição indireta de três turnos.

O partido de extrema-esquerda radical Syriza, que é tido como o favorito para assumir o governo, pretende renegociar a ajuda financeira concedida à Grécia pela União Europeia e o FMI. Hoje, o presidente do partido Alexis Tsipras declarou que o fracasso da eleição é uma prova da insatisfação da população diante dos pacotes de austeridade impostos pelo governo.

Grécia vive consequências da crise das dívidas na Europa

A Grécia foi o país mais atingido pela crise das dívidas públicas, que teve início em 2010, e repercutiu em toda a Europa. Os cortes governamentais para garantir o equilíbrio orçamentário imposto pelos credores internacionais (FMI, BCE e UE) revoltaram a população, que foi diversas vezes às ruas protestar contra as medidas.

Neste contexto, a extrema-esquerda ganhou força: entre 2010 e 2012 o Syriza propôs o cancelamento dos planos de cortes de gastos impostos pelos credores, mesmo defendendo que a Grécia continuasse na zona do euro. Nas eleições legislativas de 2012, o partido obteve 26,9% dos votos, se transformando no segundo mais importante do parlamento, atrás apenas do Nova Democracia, do premiê Antonis Samaras.

Em 2013, o Syriza se transformou em um partido único, integrando todos os grupos e organizações que faziam parte da coalizão.
 

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