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Grécia/ eleições

Apuração aponta vitória da extrema esquerda na Grécia

Os primeiros números da apuração dos votos nas eleições legislativas na Grécia apontam a vitória confortável do partido de extrema esquerda Syriza. O partido do líder Alexis Tsipras, contrário à austeridade, já tem seis pontos percentuais de vantagem sobre o Nova Democracia, do atual primeiro-ministro conservador, Antonis Sâmaras. Com 25% das urnas apuradas, as projeções indicam que o Syriza terá 36,5% dos votos.

Eleitores do Syriza comemoram primeiros resultados das eleições.
Eleitores do Syriza comemoram primeiros resultados das eleições. REUTERS/Yannis Behrakis
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O Nova Democracia deve ficar com 27,7%. Se o resultado se confirmar, os gregos terão mandado um recado ao governo neste domingo, ao escolher o caminho da contestação da austeridade imposta pela União Europeia.

"Essa é uma vitória histórica" e uma "mensagem que não afeta somente os gregos, mas ressoa em toda a Europa, já que traz um alívio", declarou o porta-voz do Syriza, Panos Skourletis. A vitória foi comemorada com uma explosão de alegria no comitê do partido, no centro de Atenas.

A votação foi observada de perto pelos parceiros europeus de Atenas, preocupados com a intenção do Syriza de renegociar a enorme dívida grega e desafiar de maneira inédita os programas de austeridade impostos pela União Europeia. O sucesso do Syriza dá esperanças aos partidos da esquerda radical na Europa, especialmente na Espanha, onde o partido Podemos, surgido a partir do movimento Occupy, tem crescido.

"A esperança está chegando, o medo vai embora. Syriza, Podemos: nós venceremos", declarou Pablo Iglesias, presidente do Podemos, antes mesmo que as urnas fossem fechadas.

Contra a troika

O governo de Samaras foi sancionado por ter tentado cumprir o máximo de exigências impostas pela troika de credores de Atenas (Banco Central Europeu, União Europeia e FMI), em troca de € 240 bilhões emprestados ao país desde 2010. A conta ficou pesada para a população, vítima de uma alta taxa de desemprego - que atinge 25% - e de reduções drásticas de salário.

Durante a campanha, Tsipras prometeu aumentar o salário mínimo, suprimir certos impostos para os mais pobres e negociar a dívida externa da Grécia, que soma 300 bilhões de euros, o que representa 175% do PIB. Alexis Tsipras, que anunciou medidas imediatas como aumentar o salário mínimo de € 580 para € 751, disse que não se contentaria com uma simples renegociação da dívida externa grega - que soma € 300 bilhões, 175% do PIB.

Tomando como exemplo as concessões feitas após a guerra na Alemanha, Tsipras quer reduzir drasticamente a dívida, deixando os mercados financeiros em alerta.
 

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