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Ucrânia/Rússia

Ucrânia denuncia nova invasão de tanques da Rússia

A Ucrânia celebra nesta sexta-feira (20) o primeiro aniversário do movimento pró-ocidental da praça Maidan (Liberdade), em Kiev. Mas as comemorações acontecem em clima de guerra: o governo ucraniano afirma que cerca de 20 tanques russos e dez lança-mísseis atravessaram a fronteira russo-ucraniana nesta manhã e se dirigem para a cidade de Novoazovsk, a leste do porto de Mariupol, que também está nos planos de conquista de Moscou.

Uma coluna de tanques de guerra russos na Ucrânia.
Uma coluna de tanques de guerra russos na Ucrânia.  check-point 
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Os protestos da praça Maidan levaram à queda do regime do ex-presidente Viktor Yanoukovitch, acusado de corrupção e de ser uma marionete de Moscou. O vice-presidente americano, Joe Biden, participa das comemorações em Kiev.

Nas últimas horas, os Estados Unidos acusaram os separatistas pró-russos de violar o cessar-fogo no leste do país. Os Estados Unidos afirmam que a Rússia e os rebeldes do leste violaram o cessar-fogo "mais de 250 vezes" desde o início da trégua no domingo. Em Kiev, o vice Joe Biden fará um balanço da situação com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e deve avaliar o eventual envio de armas para ajudar o Exército a conter a rebelião separatista sustentada por Moscou. 

O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, consideram que, apesar da queda da cidade de Debaltseve, conquistada esta semana pelos separatistas, é preciso avançar na aplicação dos outros artigos do acordo de Minsk.

Troca de prisioneiros

Nesta sexta-feira, os separatistas disseram ser favoráveis a uma troca de prisioneiros com Kiev. Cerca de 100 soldados ucranianos capturados durante a batalha de Debaltseve poderiam ser devolvidos em troca da libertação de rebeldes. O governo ucraniano não confirmou a operação, mas a troca de prisioneiros faz parte do acordo assinado em Minsk.

Na queda de Debaltseve, na madrgada de terça para quarta-feira, 2.500 soldados ucranianos conseguiram fugir sob intenso bombardeio rebelde. Kiev asumiu a perda de 13 militares, mas o número de baixas pode ser bem maior. Segundo um balanço divulgado ontem pelo Exército ucraniano, 82 soldados estão desaparecidos.

Os rebeldes, que agora controlam Debaltseve, importante núcleo rodoviário e ferroviário entre as autoproclamadas repúblicas independentes de Donetsk e Lugansk, disseram ter encontrado hoje os corpos de 57 soldados ucranianos e 28 tanques de guerra.

Após dez meses de conflito, as tropas ucranianas dão sinais de desgaste e alguns soldados se recusam a retornar à frente de combate. Faltam armas, horas de sono, água e comida para enfrentar a máquina russa, a terceira força militar mais poderosa do mundo. 

Relatório britânico critica gestão da crise ucraniana

Um relatório divulgado nesta sexta-feira por uma comissão parlamentar da Grã-Bretanha acusa o governo britânico e a União Europeia de "erros catastóficos" na gestão da crise ucraniana. O documento diz que as autoridades de Londres e europeias se comportaram como "sonâmbulos" antes da deflagração da crise e foram otimistas demais sobre o processo democrático na Rússia.

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