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Rússia/Política

Russo de origem chechena confessa participação na morte do opositor Boris Nemtsov

Neste domingo (8), um tribunal de justiça de Moscou indiciou os dois homens que estavam detidos para interrogatório ao lado de três outros suspeitos que continuam a responder às perguntas das autoridades. Um dos homens indiciados confessou sua participação direta no crime. Nenhuma informação foi divulgada sobre o motivo do crime e nenhuma pista está descartada.

Zaur Dadayev no tribunal de Moscou ao ser acusado pela morte do opositor russo Boris Nemtsov neste 8 de março de 2015.
Zaur Dadayev no tribunal de Moscou ao ser acusado pela morte do opositor russo Boris Nemtsov neste 8 de março de 2015. REUTERS/Tatyana Makeyeva
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Zaur Dadayev e Anzor Goubachev foram acusados oficialmente pelo assassinato do opositor ao governo, Boris Nemtsov. Zaur Dadayev confessou sua participação no assassinato, confirmando as informações que estavam em mãos dos policiais. Quanto aos três suspeitos,que continuam a ser interrogados, um deles, Shaguid, é o irmão mais novo de Anzor Goubachev; já os outros dois foram identificados apenas por seus nomes de família, Bakhaïev e Eskerkhanov.

Os cinco homens foram presos entre sexta-feira (6) e sábado (7) na República de Inguchétia, no Cáucaso russo, vizinha da Chechênia. A região é conhecida por sua grande instabilidade política.

As prisões aconteceram uma semana depois do assassinato do opositor e ex-ministro russo Boris Nemtsov, que recebeu quatro tiros nas costas quando caminhava com a namorada sobre uma ponte perto do Kremlin, em direção à sua casa.

O crime repercutiu mundialmente e foi classificado como "uma provocação" pelo presidente russo Vladimir Putin.

Zaur Dadayev confessou sua participação no assassinato, confirmando as informações que estavam em mãos dos policiais.

Por que mataram Boris Nemtsov?

A motivação do crime não foi até agora estabelecida pelos investigadores, que continuam martelando o mesmo discurso: nenhuma pista será desprezada, desde a vingança islamita por Nemtsov ter apoiado o jornal satírico francês Charlie Hebdo, aos nacionalistas russos, insatisfeitos com a crítica do opositor ao papel da Rússia na crise no leste da Ucrânia.

Um amigo próximo de Boris Nemtsov afirmou que ele estava prestes a publicar um relatório bastante comprometedor para o presidente Vladimir Putin, que provava o envolvimento do país nos combates na Ucrânia através de entrevistas com pais de diversos soldados russos mortes no conflito.

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