Morre segundo policial devido a confrontos em Kiev
Um segundo policial ucraniano não resistiu aos ferimentos e morreu nesta terça-feira (1), vítima dos violentos confrontos em frente ao parlamento de Kiev no dia anterior, informou o ministério do Interior. A violência explodiu no centro da capital entre as forças as forças de ordem e opositores ao projeto que garante maior autonomia às regiões separatistas no leste do país.
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O anúncio da morte do segundo soldado da Guarda Nacional foi feito pelo ministro Arsen Avasov através de sua conta no Twitter. Das cerca de 30 pessoas detidas nos distúrbios violentos, dezoito continuam em prisão provisória, entre elas, uma pessoa acusada de ter lançado uma granada na entrada do parlamento.
No momento dos confrontos, os deputados ucranianos votavam uma emenda constitucional que garante mais autonomia às regiões separatistas pró-russas do leste, medida contestada por militantes da extrema-direita. Nos enfrentamentos, um membro da Guarda Nacional ucraniana morreu.
Segundo o porta-voz da polícia, 141 pessoas foram internadas em diversos hospitais de Kiev, entre elas, 131 policiais, sendo que 10 deles continuavam em estado grave até a manhã de hoje. Eles sofrem de queimaduras na barriga, pulmão e na cabeça, explicou Olga Bogomolets, deputada e conselheira para questões humanitárias do presidente Petro Porochenko
Promessa de punição
O presidente ucraniano prometeu punição exemplar aos responsáveis pela violência e agendou uma visita para mostrar sua solidariedade aos policiais feridos. Petro Porochenko acredita no envolvimento da extrema-direita, particularmente os nacionalistas do movimento "Svo boda".
Esta foi a primeira vez, desde a mobilização em favor da aproximação da Ucrânia do bloco europeu, durante o inverno de 2013/2014, que a capital ucraniana foi palco de confrontos tão violentos. Na época, a mobilização levou à destituição do presidente pró-russo Viktor Ianukovitch.
A União Europeia e os Estados Unidos, que apoiam o atual governo ucraniano, demonstraram preocupação com o incidente em frente ao parlamento, assim como a Rússia, acusada pelos países ocidentais e por Kiev de apoiar os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
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