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Europa/Crise migratória

UE denuncia convoca nova cúpula sobre crise migratória

O fluxo de migrantes para a Europa continua intenso. Depois que a Hungria fechou sua fronteira com a Sérvia na terça-feira (15), os migrantes tentam entrar no bloco pela Croácia. Cerca de 6,5 mil refugiados chegaram ao país nas últimas 24 horas, vindos da Sérvia. A União Europeia denuncia a atitude da Hungria e convocou nesta quinta-feira (17) uma nova cúpula europeia para discutir a crise migratória no bloco.

Um policial croata ajuda um menino a subir em um ônibus em Tovarnik, Croácia, 17 de setembro, de 2015.
Um policial croata ajuda um menino a subir em um ônibus em Tovarnik, Croácia, 17 de setembro, de 2015. REUTERS/Antonio Bronic
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Na Croácia, os milhares de candidatos ao asilo estão concentrados na cidade fronteiriça de Tovarnik e tentam pegar um trem para Zagreb, mas nem todo mundo consegue embarcar nos trens lotados, informa o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur). Volutários da Cruz Vermelha distribuem alimentos aos migrantes concentrados na pequena estação ferroviária de Tovarnik. Reforços em remédios e banheiros químicos estão sendo enviados ao local.

O porta-voz do Acnur, Jan Kapic, disse ser impossível prever por enquanto se o lugar irá se transformar em um campo provisório de refugiados. "Cabe ao governo croata administrar a situação", afirma Kapic. Zagreb prevê a chegada de 20 mil migrantes nas próximas duas semanas.

Na Alemanha, a polícia federal registrou na quarta-feira (16) a chegada de 9,1 mil refugiados, contra 6 mil na terça-feira.

Posição da Hungria criticada

A Croácia passou a ser a nova rota do exílio, depois que a Hungria fechou suas fronteiras e baixou uma dura lei anti-imigração com penas de prisão para quem tentar entrar ilegalmente no território. Depois dos confrontos de ontem (16) entre policiais húngaros e os cerca de 400 migrantes que permanecem na fronteira, a situação esta manhã era calma no local. Muitos refugiados receberam atendimento médico depois de sofrer traumatismo craniano e intoxicação por gases lançados pela polícia.

O comissário europeu para Migrações, Dimitris Avramopoulos, denunciou hoje a atitude de Budapeste para impedir a entrada de migrantes. "A maioria dos refugiados que tentam entrar na Europa são sírios que precisam da nossa ajuda", afirmou o comissário. A União Europeia convocou para o dia 13 de setembro uma nova cúpula para superar as divisões do bloco diante dessa crise migratória.
 

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