Acessar o conteúdo principal
Grécia/eleições

Pesquisas apontam eleições legislativas acirradas na Grécia

Os gregos vão às urnas no domingo (20) para eleições legislativas.O combate promete ser acirrado entre o líder esquerdista Alexis Tsipras e o conservador Evangelos Meimarakis. Seja qual for o vencedor, a formação de um governo vai exigir negociações complexas.

O ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, em comício.
O ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, em comício. REUTERS/Alkis Konstantinidis
Publicidade

As pesquisas mais recentes apontam uma leve vantagem do Syriza, partido do ex-primeiro-ministro Tsipras, em relação ao conservador Nova Democracia. Os dois candidatos se comprometeram a respeitar os ajustes de um novo e exigente plano de resgate internacional.

Com os dois partidos longe da maioria absoluta, Meimarakis fez um apelo durante toda a campanha para que Tsipras aceitasse um grande governo de coalizão, o que foi rejeitado pelo esquerdista. A terceira posição será disputada entre os neonazistas do Amanhecer Dourado, o socialista Pasok, o centrista To Potami e os comunistas (KKE).

Voto de confiança

No comício que encerrou a campanha, na sexta-feira (18), na praça Syntagma de Atenas, Tsipras pediu um "mandato para formar um governo estável e forte", capaz de suportar os quatro anos da legislatura e de acabar com instabilidade do ano de 2015, marcado por três eleições.

Em entrevista ao jornal To Vima, Meimarakis aconselhou aos gregos que desconfiem do Syriza. Segundo o conservador, os sete meses de governo da esquerda radical foram "um experimento que saiu caro". "Conhecem algum outro primeiro-ministro que tenha concluído um acordo, apresentado ao Parlamento, aprovado e assinado, para depois afirmar que não acredita nele?", questionou, em referência ao novo plano de resgate financeiro do país, o terceiro desde 2010.

Meia-volta

Depois de chegar ao poder em 25 de janeiro com a promessa de acabar com as políticas de austeridade aplicadas na Grécia desde 2010, e da vitória esmagadora do "Não" às condições impostas pelos credores no referendo de 5 de julho, Tsipras terminou por aceitar o resgate no dia 13 de julho em Bruxelas.

Ele afirmou à população que não tinha outra opção, ante o risco real de uma saída do país da zona do euro e a pressão do fechamento dos bancos, como parte dos controles de capitais instaurados para evitar uma tragédia. A decisão custou uma forte dissidência dentro do próprio Syriza.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.