Acessar o conteúdo principal
Vaticano/Casamento gay

Papa recebe em segredo funcionária que se negou a realizar casamento gay nos EUA

O papa Francisco se encontrou em segredo nos Estados Unidos com a funcionária pública do estado de Kentucky que passou alguns dias na prisão no início do mês por se recusar a emitir certidões de casamento para pessoas do mesmo sexo. A informação foi publicada pelo jornal New York Times, que cita o advogado da mulher.

O papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos.
O papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos. REUTERS/Jim Bourg
Publicidade

Kim Davis e seu marido, Joe, foram enviados às escondidas à embaixada do Vaticano na última quinta-feira (24) e se reuniram com o papa durante 15 minutos, afirmou ao NYT o advogado da funcionária pública, Mathew Staver. O advogado contou que o encontro foi coordenado por funcionários do Vaticano.

"O papa veio até ela e estendeu a mão", disse Staver. "Ele agradeceu por sua coragem e disse: 'Permaneça forte'". Davis, uma cristã devota de 49 anos, foi enviada à prisão no início do mês por desacatar uma ordem de um juiz federal de emitir certidões de casamento para casais do mesmo sexo. A funcionária alegou que suas crenças religiosas são contrárias ao matrimônio gay, que é legal desde junho em todos os Estados Unidos.

Ela foi libertada cinco dias depois. Cinco dos seis adjuntos de Kim Davis no condado de Rowan declararam sob juramento que obedeceriam à ordem do tribunal e emitiriam certidões de casamento a todos os casais legalmente aptos. A polêmica sobre o direito de recusa das autoridades locais em promover o casamento gay correu o país. Grupos conservadores chegaram a oferecer prêmios a Kim Davis.

"Lei moral da natureza"

Mas, durante a visita aos Estados Unidos na semana passada, Francisco falou pouco sobre a questão. Sua única alusão ao casamento gay foi durante o discurso na ONU, no último dia 25. Na ocasião, Francico denunciou a “colonização ideológica” que imporia “modelos de vida anormais e irresponsáveis”. Ele pediu à ONU o “reconhecimento de uma lei moral inscrita na própria natureza humana, que compreende a distinção natural entre homem e mulher”.

Durante o voo de retorno ao Vaticano, o sumo-pontífice afirmou a um repórter americano que o questionou sobre o caso Kim Davis que, apesar de não ter condições de falar de casos específicos, "a objeção consciente é um direito. Se uma pessoa não permite às outras se opor conscientemente, ela renega um direito".

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.