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Síria/Violência

Atentados na Síria deixaram quase 160 mortos, diz novo balanço

O banho de sangue reivindicado pelos terroristas do grupo Estado Islâmico deixou quase 160 mortos, segundo novo balanço de vítimas. O emissário da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, condenou energicamente os atentados ocorridos no domingo (21) em Homs e na periferia de Damasco.

Soldados sírios no local da dupla explosão em Homs, neste domingo 21/02/16.
Soldados sírios no local da dupla explosão em Homs, neste domingo 21/02/16. REUTERS/SANA
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Em Homs, onde 59 pessoas morreram, a população está traumatizada com o pior ataque ocorrido na cidade desde o início da guerra civil há cinco anos. No outro atentado, contra o santuário xiita de Sayeda Zainab, localizado a menos de 10 km de Damasco, o balanço é de 120 mortos, sendo 90 civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Mais de 160 pessoas ficaram feridas nos ataques.

Com o novo balanço divulgado pela ONG, o atentado deste domingo é o pior já realizado desde o início do conflito, em março de 2011. Até então, o atentado mais violento tinha sido o duplo ataque suicida de 2012 atribuído à Frente Al-Nusra, braço da rede Al-Qaeda, que havia deixado 112 mortos em um bairro de Damasco.

Outras reações

O ministério russo das Relações Exteriores afirmou que os atentados do EI têm um único objetivo: perturbar o processo de um acordo de paz. "Os crimes hediondos cometidos pelos extremistas têm apenas como objetivo aterrorisar uma população pacífica e torpedear as tentativas de encontrar uma solução política de longo prazo para a crise síria, e os esforços para pôr fim à violência e ao banho de sangue", diz o comunicado.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou no domingo em Amman um "acordo provisório de princípio" com a Rússia para uma trégua nos bombardeios que "poderia começar nas próximas semanas".

Um dia após a declaração de Kerry, grupos da oposição síria confirmaram que estão reunidos em Riade, na Arábia Saudita. De acordo com o porta-voz do Alto Comitê das negociações (HCN), o encontro deve durar de dois a três dias e visa discutir a evolução da situação no país.

Os opositores do regime anunciaram no sábado (20) que estariam prontos para uma "trégua temporária" proposta pelas grandes potências, mas com a condição de obter garantias do fim das operações militares dos aliados do regime de Damasco.

Já em Aleppo, a organização terrorista Estado Islâmico perde terreno. Cerca de 50 jihadistas do EI morreram em confrontos com o exército de Bashar al-Assad, que tem apoio dos russos.

 

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