Acessar o conteúdo principal
Bélgica

Premiê belga pede calma à população e fala em ataques covardes

O duplo atentado ocorrido na manhã desta terça-feira (22) no aeroporto internacional Zaventem, de Bruxelas, e a explosão na estação de metrô Maelbeek, no centro da capital, deixaram 34 mortos e 198 feridos, segundo balanço revisado das autoridades. A maior parte das vítimas morreu no ataque ao metrô. O governo belga elevou o alerta terrorista ao grau máximo no país.

Vítimas cobertas deixam o local das explosões no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, Bélgica, 22 de março de 2016.
Vítimas cobertas deixam o local das explosões no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, Bélgica, 22 de março de 2016. REUTERS/Francois Lenoir
Publicidade

O prefeito de Bruxelas,Yvan Mayeur, informou às 14h49 (10h49 pelo horário de Brasília) que o número de vítimas nos ataques desta manhã subiu para 14 mortos e 92 feridos no aeroporto, e 20 mortos e 106 na estação Maelbeek do metrô, no chamado bairro europeu de Bruxelas, onde ficam as sedes das instituições da União Europeia.

Mais cedo, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, lamentou "um momento de tragédia, um momento negro" para a Bélgica, atingida por dois "ataques violentos, indiscriminados e covardes".

"Nós temíamos um ataque e isso aconteceu", disse Michel, numa conferência de imprensa juntamente com o procurador federal belga. O primeiro-ministro pediu "calma e solidariedade" à população.

O procurador federal belga Frédéric Van Leeuw confirmou a ocorrência de duas explosões no saguão de embarque do aeroporto de Zaventem, às 8h no horário local (4h em Brasília). Uma delas foi "provavelmente causada por um homem-bomba", disse o magistrado. A deflagração aconteceu perto do balcão da American Airlines. A companhia americana informou que nenhum funcionário ficou gravemente ferido, mas 11 pessoas morreram no local.

O aeroporto foi imediatamente fechado. Os voos foram desviados para os aeroportos de Liège, Antuérpia e Charleroi. O plano catástrofe foi acionado. Ele prevê a intervenção de forças de segurança e de resgate para atendimento às vítimas. Muitos foram encaminhados para hotéis na região. O tráfego ferroviário de ligação para o aeroporto foi interrompido.

Dois atentados com uma hora de intervalo

Cerca de uma hora mais tarde, um segundo atentado, de acordo com o procurador belga, atingiu um vagão do metrô lotado, devido ao horário de rush, na estação de Maelbeek. Uma foto liberada pela televisão pública RTBF mostrou um vagão do metrô praticamente destruído, com os bancos rasgados e a estrutura da composição parcialmente carbonizada.

Após os ataques, a segurança em torno de instalações nucleares na Bélgica foi reforçada pela Agência Federal de Controle Nuclear (CPNF).

Todos os transportes foram suspensos na capital belga. A prefeitura de Bruxelas pede pelo Twitter aos habitantes da região metropolitana para não se moverem do local onde estão. A Comissão Europeia também dispensou todos os funcionários do dia de trabalho.

Explosões acontecem quatro dias depois da detenção de terrorista francês

As explosões em Bruxelas acontecem quatro dias depois da operação realizada na comunidade de Molenbeek, onde o coautor dos atentados de novembro em Paris Salah Abdeslam, de 26 anos, foi detido. O serviço secreto da Bélgica teria recebido ontem um alerta iminente de atentado.

Ainda nessa segunda-feira, a procuradoria belga também revelou que um dos cúmplices dos atentados de Paris, até agora conhecido sob a falsa identidade de Soufiane Kayal, foi identificado como sendo Najim Laachraoui, de 24 anos. A nacionalidade do rapaz não foi informada, mas sabe-se que ele partiu para a Síria em 2013.

Laachraoui alugou uma casa na Bélgica que serviu para a preparação dos atentados na capital francesa. O homem está foragido. Os investigadores belgas suspeitam que ele seja um especialista na fabricação de bombas e que tenha confeccionado os coletes explosivos utilizados pelos terroristas do grupo Estado Islâmico em Paris.

Depois dessa nova onda de ataques na Bélgica, governos europeus anunciaram o reforço da segurança nas redes de transportes público, estações de trem, portos e aeroportos nas principais cidades da Europa.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.