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Evasão Fiscal

Panama Papers: novo governo na Islândia e protestos em Paris

A Islândia tem um novo chefe de governo a partir desta quinta-feira (7). Sigurdur Ingi Johannsonn, de 53 anos, foi escolhido pelo Partido do Progresso, de centro-direita, para assumir o cargo de primeiro-ministro após a demissão de Sigmundur David Gunnlaugsson, envolvido no escândalo Panama Papers.

O ministro da Agricultura, do Partido Progressista, foi nomeado como novo primeiro-ministro na Islândia.
O ministro da Agricultura, do Partido Progressista, foi nomeado como novo primeiro-ministro na Islândia. REUTERS/Sigtryggur Johannsson TPX IMAGES OF THE DAY
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O ex-primeiro-ministro é acusado de ter empresa e contas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, sem ter declarado ao fisco. O novo governo será curto e já anunciou a realização de eleições legislativas antecipadas para dentro de alguns meses.

A oposição islandesa quer votar uma moção de censura contra o novo primeiro-ministro, mas as chances de aprovação são consideradas remotas. O novo chefe de Governo era ministro de Agricultura do gabinete que deixa o poder. A mudança governamental "não é o que o povo quer", afirmou na quarta-feira à agência AFP Birgitta Jonsdottir, fundadora e deputada do Partido Pirata, que lidera as pesquisas com 43% das intenções de voto.

Também nesta quinta-feira, um grupo de 30 manifestantes bloqueou o acesso a uma das agências do banco Société Générale no centro de Paris para denunciar um sistema de evasão fiscal organizado pela instituição. Segundo os documentos do escândalo Panama Papers, a Société Générale, por meio da sua filial em Luxemburgo, criou mais de 900 empresas offshore para ajudar seus clientes a escapar do fisco. Membros da Ong Attac, pedem que protestos sejam feitos nas 103 agências do banco em toda a França.

Argentina

Na Argentina, um deputado de oposição prestou queixa contra o presidente Mauricio Macri por evasão fiscal. O nome do presidente aparece em uma empresa offshore de seu pai, já falecido. As atividades não foram declaradas ao fisco. O presidente diz não ter cometido nenhuma irregularidade, mas é acusado de falta de transparência.

O presidente panamenho, Juan Carlos Varela, anunciou ontem a criação de uma comissão independente, com especialistas do país e do exterior, para examinar as práticas financeiras do Panamá. Ele também promete medidas para reforçar a troca de informações com outros países e mais a transparências dos sistemas jurídico e financeiro.

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